Esta foi a primeira Semana Santa celebrada no Iraque, especialmente nos lugares cristãos da Planície de Nínive, após a derrota do Estado Islâmico.

“Espero que a celebração da Páscoa ponha fim ao sofrimento do nosso povo”, assegurou o Patriarca caldeu, Dom Luis Sako, em sua mensagem de Páscoa.

Segundo informa a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), os templos se encheram de cristãos durante os principais dias da Semana Santa.

Trata-se de algo especialmente significativo, porque os cristãos foram expulsos da Planície de Nínive, um território onde estão as raízes históricas do cristianismo.

Para o Patriarca, esta volta dos cristãos significa que, “apesar da situação preocupante em que vivemos no Iraque, os cristãos mantêm viva a nossa memória cristã e nos dão uma verdadeira esperança”.

Além disso, assegurou que “Jesus é o centro destes acontecimentos, o seu corpo foi destruído e depois ressuscitou, esta é a força que nos impulsiona a uma nova vida. Inclusive nas horas mais escuras, a sua ressurreição como o sol se eleva sobre nós e sobre a humanidade”.

Por enquanto, cerca de 40 mil cristãos voltaram para seus lares nas aldeias de Nínive.

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Durante os principais dias da Semana Santa, o Núncio no Iraque e na Jordânia, Dom Alberto Ortega, acompanhou a comunidade cristã no norte do Iraque. Visitou os deslocados na cidade de Erbil, no Curdistão iraquiano. Presidiu a procissão no Domingo de Ramos na cidade de Qaraqosh e visitou as comunidades cristãs de Mossul, Karamles e Bartella, entre outras.

“Nós vimos órfãos, viúvas, pessoas sem-teto... capazes de superar a dor porque encontraram alguém que compartilhou com eles a dor, amou-as e deu-lhes esperança”, acrescentou o Patriarca da Igreja Caldeia.

Em dezembro de 2016, após a derrota do Estado Islâmico, as famílias iraquianas deslocadas no Curdistão, ao norte do país, aos poucos começaram a voltar para suas casas na Planície de Nínive.

Ajuda à Igreja que Sofre colabora na reconstrução de mais de 13 mil casas e 350 edifícios das igrejas locais.

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