NÁPOLES, 10 de abr de 2018 às 18:30
Foi autorizado o processo de beatificação de Enrichetta Beltrame Quattrocchi, filha de Luigi e Maria, o primeiro casal beatificado por São João Paulo II em 21 de outubro de 2001.
Na Catedral de Nápoles (Itália), foi aberta oficialmente a investigação diocesana sobre a vida de Enrichetta, as virtudes e a fama de santidade da filha mais nova dos quatro filhos do casal, informa o jornal ‘Avvenire’.
O Arcebispo de Nápoles, Cardeal Crescenzio Sepe, explicou que a vida da Enrichetta - que faleceu em julho de 2012 - "foi, sem dúvida, uma consagração a Deus na família".
"Uma vida na qual a primeira coisa era servir a Deus, na advertência aguda do seu desígnio, na obediência plena ao Evangelho, na entrega de toda a existência ao Senhor, e na escolha da virgindade".
Uma dos detalhes da vida da filha mais nova da família Quattrocchi, é que ela não foi abortada no seu quarto mês, apesar do ginecologista haver pedido aos seus pais que escolhessem entre abortar a criança ou salvar a mãe.
"Ambos os pais responderam um 'não' categórico ao aborto, e estavam determinados a confiar somente em Deus o seu futuro", recordou o Cardeal.
Em 6 de abril de 1914, nasceu Enrichetta e, por esta razão, a investigação diocesana também começou no mesmo dia.
O postulador da Causa, Pe. Massimiliano Noviello, destaca que pedem o reconhecimento das suas virtudes, entre outras razões, porque "se consagrou a Deus, superando a grande herança dos pais e conseguiu fazer da sua vida um serviço a qualquer pessoa que se dirigia a ela".
Além disso, a casa onde ela viveu se tornou um lugar de acolhida. Era o lar no qual Enrichetta se dedicava à escuta, à caridade, à hospitalidade e onde cultivou a sua espiritualidade, com frequentes retiros de oração.
Em sua vida, também se consagrou ao movimento "Testemunhos do Ressuscitado", porque falava que "dizer a todos que Cristo ressuscitou é uma necessidade absoluta do mundo de hoje".
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A família Quattrocchi é muito conhecida na Itália. Maria Corsini nasceu em Florença em 24 de junho de 1881; enquanto Luigi Beltrame nasceu em Catania em 12 de janeiro de 1880.
Ambos se conheceram em Roma quando eram adolescentes e se casaram na Basílica Santa Maria Maior, em 25 de novembro de 1905.
Ambos foram criados em uma família católica e desde pequenos praticavam fervorosamente a sua fé, participando da Missa todos os domingos e recebendo os sacramentos. Devido a este legado, decidiram educar os seus filhos nos princípios e valores da fé católica.
Em 1913, a jovem família passou por um momento doloroso e bastante difícil, quando a gravidez de Maria teve graves complicações e os médicos disseram que tanto ela quanto o bebê não sobreviveriam.
Apesar de que os médicos dissessem que o um aborto poderia salvar a vida de Maria, ela e o seu esposo decidiram confiar na proteção de Deus. E embora a gravidez tenha sido dura, ambas milagrosamente sobreviveram. Esta experiência levou toda a família a consolidar a sua vida de fé e trabalhar duro pelos seus anseios de santidade.
Maria deu à luz a outros três filhos; seus dois filhos homens foram sacerdotes: Filippo foi sacerdote na diocese de Roma e Cesare foi monge trapense.
Enrichetta, que sobreviveu a essa difícil gestação, constituiu um lar segundo o modelo de seus pais; enquanto asua irmã Stefania ingressou na congregação dos beneditinos, sendo conhecida por todos como a Madre Cecília.
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— ACI Digital (@acidigital) 9 de novembro de 2017