O Hospital Pediátrico “Bambino Gesù”, em Roma, disse estar pronto já há algum tempo para receber Alfie Evans, para assisti-lo até o fim, afirmou hoje a sua diretora Mariella Enoc quem também afirmou que o Papa pediu que se faça o possível e o impossível para salvar o pequeno.

Segundo o Portal oficial de notícias do Vaticano, o Vatican News em sua versão em português,  “o menino inglês de dois anos sofre de uma doença neurodegenerativa ainda desconhecida e está internado no Alder Hey Children's Hospital, em Liverpool. Os médicos ingleses gostariam de remover o aparelho que o mantém vivo, pois - dizem – seria para “melhor defender o seu interesse”. Os pais de Alfie estão fazendo de tudo para transferir o filho para outro lugar. Mas os juízes ingleses disseram que não. Agora a última palavra cabe à Suprema Corte do Reino Unido”.

Sobre as iniciativas realizadas pelo Hospital Pediátrico do Papa, o Vatican News entrevistou sua presidente, Mariella Enoc, quem afirmou que desde julho do ano passado os médicos do “hospital do Papa” têm se preparado para ajudar o menino.

“Em setembro os nossos médicos foram ayé lá, e repetimos continuamente a disponibilidade do hospital. Ontem conheci o pai de Alfie, Thomas, e pude constatar realmente uma grande determinação em fazer o filho deles viver. Então, falei com nossos médicos e escrevi duas cartas. Uma carta dirigida ao pai, na qual expresso o nosso desejo de uma estreita colaboração com os médicos do hospital britânico, pelos quais existe, por parte de todos os nossos colegas, uma grande estima. Mas pedimos para fazer uma aliança em conjunto, para poder continuar pelo menos um percurso diagnóstico, onde naturalmente tudo será compartilhado, enquanto mantemos a criança viva”, disse a médica.

“Nossos médicos fizeram uma nota de aprofundamento - em relação à primeira que haviam feito em setembro - onde reafirmam o desejo de cuidar da criança, sempre compartilhando tudo com os colegas ingleses, e onde explicam que nós transportamos muitas crianças e, portanto, não podemos negar que existe um risco mínimo, mas isso se aplica a todas as crianças ... Também podemos ajudar com o transporte aéreo. Então tudo está, naturalmente, a cargo do Hospital Bambino Gesù, não depende de ninguém. Sobre isso acabei de invocar uma aliança com os médicos, com o hospital e com as autoridades inglesas. Eu também dei a minha disponibilidade e a de alguns dos meus colaboradores, se necessário, para ir a Liverpool e levar nossos pensamentos diretamente", acrescentou.

Ainda segundo a diretora, neste momento Alfie Evans não pode ser “curado”, mas ele é uma criança “tratável”... [Cura significa ter erradicado a doença para sempre, tratar significa melhorar a qualidade de vida do paciente] e de acordo com o nosso conceito, isso significa cuidar dela (…). Nossos médicos decidiram colocar na criança uma PEG, para alimentação, e uma traqueotomia para a respiração, se fosse absolutamente necessário... E é claro que poderíamos aprofundar o diagnóstico. Muitas doenças desconhecidas nos últimos anos, até mesmo rapidamente, passaram a ser conhecidas e, portanto, não se pode render diante do desejo de que a ciência continue seus caminhos.

“Portanto nós não temos cura agora. Enquanto para Charlie Gard havia uma cura experimental, neste momento, não; também porque a doença ainda não foi diagnosticada com precisão”, esclareceu.

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Sobre a possível transferência da Iglaterra ao Vaticano a Dra Enoc afirma:

"Eu não sei porque, obviamente, a nossa não é uma posição de alguém que quer ser melhor que o outro. Porém nós sabemos que nunca desistimos e depois quando decidimos que a criança não consegue, então ela é acompanhada, lentamente, até sua morte natural".

Segundo ela, o Santo Padre foi enfático: “ele me pediu para fazer o possível e o impossível” para que a criança venha ao Bambino Gesù.

“Isto é o que o Papa pediu para me avisar imediatamente após sua conversa com Thomas. E assim, é o que estávamos fazendo... Digamos que ontem eu tentei fazê-lo o mais ativamente possível. O que eu podia fazer era escrever duas cartas e depois oferecer a nossa disponibilidade ", concluiu.

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