LONDRES, 26 de abr de 2018 às 17:00
Os pais de Alfie Evans, Tom Evans e Kate James, publicaram uma carta pedindo “privacidade” e afirmando que agora desejam construir uma relação positiva com o hospital Alder Hey.
Do mesmo modo, fizeram um apelo aos seguidores de Alfie e sua família para que “regressem à sua vida cotidiana”.
“Estamos muito gratos e apreciamos todo o apoio que recebemos de todo o mundo, incluindo nossos seguidores italianos e poloneses, que dedicaram seu tempo e apoio à nossa incrível luta. Agora, pedimos que regressem à sua vida cotidiana e permitam, a Kate e a mim, criarmos uma relação com Alder Hey, construirmos uma ponte e cruzá-la”, indica a carta emitida nesta quinta-feira, 26 de abril.
Na missiva, os pais agradecem ao “pessoal de Alder Hey em todos os níveis por sua dignidade e profissionalismo durante o que também deve ser um momento incrivelmente difícil para eles”.
“Juntos, reconhecemos as tensões que os eventos recentes nos causaram a todos e, agora, desejamos privacidade para todos os envolvidos”, sustentam os pais.
Finalmente, indicam que “pelo interesse de Alfie”, trabalharão “com sua equipe de tratamento em um plano que ofereça ao nosso menino a dignidade e a comodidade de que necessita”.
“A partir deste ponto, já não serão emitidas mais declarações nem serão dadas entrevistas”, concluem.
O comunicado foi emitido esta manhã, despois das coordenações a portas fechadas entre os médicos do hospital e os pais para que seja permitido levar Alfie para casa.
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“O que fizemos hoje foi ter uma reunião com os médicos em Alder Hey e agora começamos a pedir que nos permitam ir para casa. Alfie já não precisa de cuidados intensivos. Está deitado na cama com um litro de oxigênio. Algumas pessoas dizem que é um milagre, mas não é um milagre: é um erro de diagnóstico”, afirmou Thomas.
A carta causa estranheza devido à dura batalha judicial que travaram durante meses com o hospital.
Inclusive, no dia 25 de abril, o pai do menino denunciou que, embora Alfie já estivesse recebendo água, leite e oxigênio, a princípio os médicos se negaram a alimentá-lo.
“É revoltante ver como eles estão tratando o meu filho. Nem um animal deveria ser tratado assim. Está demostrando que estão errados. É hora de dar-lhe graça e dignidade, e deixá-lo ir para casa ou para a Itália”, sentenciou na ocasião.
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— ACI Digital (@acidigital) 26 de abril de 2018