PAMPLONA, 27 de abr de 2018 às 19:00
O Arcebispo de Pamplona e Tudela (Espanha), Dom Francisco Pérez, em sua carta semanal advertiu a respeito do risco que provoca o consumo da pornografia, que é “como uma droga que causa dependência” e afeta o cérebro, mata o amor e conduz à violência.
“Um dos grandes problemas, que destacam os psicólogos e psiquiatras, é o consumo da pornografia”, assegurou o Prelado, e também afirmou que esse vício “está fazendo verdadeiros estragos tanto do ponto de vista psicológico como do ponto de vista humano e espiritual”.
Segundo explica Dom Fernández em sua carta, “os frutos que provocam esta dependência são desastrosos e causa uma violência transbordante”.
Além disso, explicou que “muitas vezes se confunde este modo de agir como se fosse uma libertação do que antes era uma opressão”, entretanto insiste que “a sociedade atual enfrenta infinitas tentações que buscam escravizar o ser humano através do pecado”.
Por isso, recorda que o Catecismo da Igreja Católica define a luxúria “como um desejo desordenado ou um gozo desregrado do prazer venéreo. O prazer sexual é moralmente desordenado quando buscado por si mesmo, isolado das finalidades da procriação e da união”.
“A pornografia afeta o cérebro. É como uma droga que causa dependência e é muito difícil de eliminar. É consumida e sempre se necessita mais e nunca se sacia”, afirma o Bispo de Pamplona e Tudela, que também disse que “quanto mais se consome, mais grave é o dano que causa ao cérebro”.
Sobre esta dependência, o Prelado afirma que “causa uma situação na qual a pessoa fica presa e fanática de tal maneira que o cérebro não tem capacidade de reagir com liberdade, está preso como um animal em uma armadilha”.
“A partir daí chegamos ao comportamento extremo, o qual desnaturaliza o ato sexual e se converte em um jogo normalizado, considerando-o como algo comum e sem importância no nível moral”.
O Catecismo da Igreja Católica também explica que a pornografia “atenta gravemente contra a dignidade daqueles que a praticam (atores, comerciantes, público), porque cada um se torna para o outro objeto de um prazer rudimentar e de um proveito ilícito. É uma falta grave. As autoridades civis devem impedir a produção e a distribuição de materiais pornográficos”.
Dom Fernandez também explica que “a pornografia mata o amor”, pois “estudos recentes descobriram que depois que um indivíduo foi exposto à pornografia, se qualificam a si mesmos com menos capacidade de amor do que aqueles indivíduos que não tiveram contato com a pornografia”.
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“O amor verdadeiro é desprezado, pois a paixão se converte em usar a outra pessoa como um objeto de prazer e nada mais. Por isso, é uma mentira que, sob o pretexto de satisfação e consideração pelo outro, se utiliza dele de tal maneira que o cosifica e despersonaliza”, afirma e sublinha que ali “não existe o amor porque é um prazer cheio de egoísmo”.
Além disso, o Bispo adverte que a pornografia “conduz à violência” porque “ao maltratar o corpo, se maltrata a pessoa”.
“Oferece ideias distorcidas sobre o sexo e se difunde com interesses criados”, afirma e sublinha que a mídia está, através dos celulares ou tablets, “divulgando o fenômeno do sexting, enviando conteúdos eróticos”.
Um fenômeno que Prelado pede “colocar um fim, porque caso contrario se chegará, como já acontece, a perder a dignidade humana”.
“O autêntico humanismo não tem nada a ver com este pecado gravíssimo que se converteu em um divertimento”, afirma e destaca que “há instituições que trabalham para enfrentar este turbilhão que não sabemos até onde pode chegar”.
Dom Fernandez insiste em sua carta que “a educação no amor requer uma pedagogia saudável e sem ambiguidades colocando como finalidade a verdadeira castidade” e propõe “retomar as catequeses do Papa João Paulo II sobre amor e sexualidade humana”.
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— ACI Digital (@acidigital) 17 de março de 2017