PIURA, 30 de abr de 2018 às 18:00
A morte do pequeno Alfie Evans nos recorda que “a batalha final entre Jesus e o demônio será sobre a família e a vida”, afirmou o Arcebispo de Piura e Tumbes (Peru), Dom José Antonio Eguren, que denunciou “a grave crise de valores” e o crescente desprezo pela dignidade das pessoas no mundo.
“Deixaram Alfie morrer para economizar”, denunciou o Prelado durante a Missa de domingo, ao recordar o caso do menino britânico de 23 meses que sofria de uma condição neurológica degenerativa desconhecida e morreu no dia 28 de abril.
Durante vários meses, seus pais Kate James e Thomas Evans, realizaram uma batalha legal com o Alder Hey Hospital em Liverpool – onde o pequeno estava –, porque este centro médico queria desconectar o suporte vital do menino e deixá-lo morrer, argumentando que isto seria o melhor para Alfie.
Ambos os pais recorreram aos Tribunais do Reino Unido e ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos em Estrasburgo, a fim de que lhes permitissem levar a criança a outros centros médicos que ofereceram acolhê-lo, entre os quais, o Hospital Pediátrico Bambino Gesú de Roma e o Instituto Neurológico Carlo Besta de Milão. Mas todos os seus pedidos foram negados pelos juízes.
Ambos sofreram “a arrogância de uma justiça abusiva” que negou-lhes “o direito de poder levá-lo a Roma, onde o Papa Francisco havia oferecido assistência médica ao pequeno Alfie, no hospital Bambino Gesú, no Vaticano”, denunciou o Prelado .
“É neste mundo que queremos viver, onde o ser humano substitui Deus e decide quem vive e quem morre, onde o Estado se impõe sobre a família, instituição natural que o precede? Certamente a batalha final entre Jesus e o demônio será sobre a família e a vida”, expressou Dom Eguren.
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O Arcebispo condenou “este ato de crueldade e desumanidade, no qual privam um inocente do seu direito fundamental à vida, e não tiveram consideração com a sua dignidade de ser humano, a qual se mantém em todas as fases da vida, quando está saudável ou quando está prestes a morrer”. “É indigno que o benefício econômico tenha prevalecido: Deixaram Alfie morrer para economizar”, denunciou.
“Em que mundo nós vivemos, onde se trata uma vida humana inocente como uma coisa? Em que mundo vivemos, onde prevalece o fator econômico sobre a dignidade de uma pessoa e o seu direito fundamental e inalienável à vida? Onde os pais não têm a autoridade parental, ou seja, o direito de decidir sobre seus filhos menores?”, questionou.
Dom Eguren pediu para rezar por Alfie e pelos seus pais. “Que o seu sacrifício nos recorde como é crucial para o futuro da humanidade a defesa da família e da vida”, expressou.
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— ACI Digital (@acidigital) 28 de abril de 2018