REDAÇÃO CENTRAL, 13 de mai de 2018 às 01:00
No dia 13 de maio de 1981, São João Paulo II percorria a Praça de São Pedro em seu papamóvel, saudando e abençoando os fiéis, quando de repente o turco Alí Agca disparou contra o Papa peregrino, que caiu gravemente ferido.
Esta tentativa de assassinato só não acabou com sua vida porque uma “mão materna” interveio.
Enquanto São João Paulo II se recuperava no hospital, pediu toda a informação sobre a Virgem da Fátima. Depois, o Pontífice começou a trabalhar para cumprir o segundo segredo de Fátima, no qual a Mãe de Deus pedia que se consagrasse a Rússia ao seu Imaculado Coração.
Uma imagem de Nossa Senhora de Fátima foi levada ao Santo Padre em Castel Gandolfo e ele pediu à Virgem que fosse construída uma pequena igreja na fronteira entre a Polônia e a então União Soviética, onde foi colocada a imagem olhando para a Rússia.
Um ano depois do atentado, no dia 13 de maio de 1982, João Paulo II viajou pela primeira vez a Fátima: “Quero agradecer à Virgem pela sua intercessão, por salvar a minha vida e pela recuperação da minha saúde”.
Um ano mais tarde, João Paulo II expressou sua devoção e agradecimento à Virgem doando ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima a bala que retiraram do seu corpo, a mesma que está na coroa da imagem mariana no santuário.
No dia 8 de dezembro de 1983, São João Paulo II enviou uma carta aos bispos do mundo inteiro, incluindo ortodoxos, expressando suas intenções de consagrar a Rússia ao Coração de Maria e acrescentou a oração especial para que eles a fizessem em suas diferentes dioceses.
Dias depois, o Santo Padre visitou o turco Alí Agca no presídio e lá ouviu de Agca seus comentários sobre o episódio: “Por que não morreu? Eu sei que apontei a arma como devia e sei que o tiro devia ter sido devastador e mortal. Então, por que não morreu? Por que todos falam de Fátima?”.
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No dia 25 de março de 1984, Festa da Anunciação, o Pontífice consagrou todos os homens e povos, incluindo a Rússia, à Maria Santíssima em comunhão espiritual com os bispos do mundo. Em seguida, a Irmã Lúcia, a terceira vidente, confirmou: “Esta consagração foi realizada da maneira que Nossa Senhora tinha pedido”.
No ano 2000, São João Paulo II viajou a Fátima e, em 13 de maio, beatificou os outros dois videntes da Virgem, Francisco e Jacinta Marto. Logo depois, anunciaram a publicação da “terceira parte” do segredo de Fátima, realizado no dia 26 de junho daquele ano.
O então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Joseph Ratzinger, fez um comentário teológico a respeito deste segredo revelado, que falava sobre um Bispo vestido de branco que morreria diante de uma cruz.
“Não podia o Santo Padre, quando depois do atentado de 13 de maio de 1981 texto da terceira parte do ‘segredo’, reconhecer nele seu próprio destino? Esteve muito perto das portas da morte e ele mesmo explicou o fato de ser salvo com as seguintes palavras: “...uma mão materna guiou a trajetória da bala e o Papa agonizante esteve à beira da morte’ (13 de maio de 1994)”, destacou o Cardeal.
“Que uma ‘mão materna’ tenha desviado a bala mortal demonstra, uma vez mais que não existe um destino imutável, que a fé e a oração são poderosas, que podem influir na história e que, finalmente a oração é mais forte do que as balas, a fé mais forte que as divisões”, enfatizou.
Confira também:
Esta foi a explicação do Cardeal Ratzinger sobre o terceiro segredo de Fátima https://t.co/02NklrVS1l
— ACI Digital (@acidigital) 7 de maio de 2018