Vaticano, 10 de mai de 2018 às 13:00
O Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, assegurou que, se “as condições de segurança” permitirem, “não duvido que o Papa iria” o mais rápido possível à Síria para uma visita apostólica a esse povo tão martirizado pela guerra e pelo terrorismo.
Em uma recente entrevista ao Vatican News, o Purpurado falou sobre os esforços do Papa Francisco para alcançar a paz na Síria e no Oriente Médio através das suas constantes exortações e gestos.
Perguntado sobre uma possível viagem à Síria, país que sofre há sete anos por um conflito, o Cardeal Sandri manifestou: “Não tenho dúvidas! Sem dúvidas o Papa iria. Mas ele não tem medo de si mesmo: tem medo de todos aqueles que se reuniriam nestas circunstâncias, todos aqueles que poderiam estar próximos dele”.
“Nesse sentido, certamente, ainda não pôde dar este passo de ir à Síria ou a outros países do Oriente Médio, como o Iraque. Ele visitou o Egito e foi tudo bem”, continuou.
Para realizar uma importante viagem apostólica a países como a Síria, “é necessário ver se as condições de segurança permitem realizar esta visita. Porque realizar cerimônias longe das pessoas com certeza teria certa ‘teatralidade’, mas não daria esse fruto de levar alegria e esperança ao povo concreto”.
Deste modo, o Cardeal Sandri destacou a visita que o Papa Francisco fará à cidade de Bari (sul da Itália) no próximo dia 7 de julho, para celebrar um dia de reflexão e oração sobre a situação dramática do Oriente Médio, junto com os líderes das Igrejas Católica e Ortodoxa deste local.
Este dia “é um gesto de grande sensibilidade, de carregar o sofrimento do mundo nas suas costas, especialmente o da Síria, do Iraque e do Oriente Médio”.
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“Deste modo, quer estar acompanhado por todos os representantes das igrejas para rezar ao Senhor, juntos, como irmãos, e ao mesmo tempo para manifestar ao mundo este sofrimento e chamar todos à justiça, à paz, ao respeito da dignidade da pessoa humana e, especialmente, a defesa dos cristãos, dos perseguidos e dos que vivem neste ambiente cruel de bombardeios diários, assassinatos, terrorismo, vinganças e separações”, expressou o Purpurado.
Também recordou que “o ecumenismo de sangue” que o Santo Padre fala em suas mensagens e viagens apostólicas significa “simplesmente sentir-se cristãos, junto com outros, um bispo, um sacerdote, que foram assassinados, tanto católicos quanto ortodoxos, somente por serem cristãos”.
“Esta é a carta de identidade deste martírio, que realiza em si mesmo a unidade deste caminho que ainda não chegou ao fim”, afirmou o Cardeal Leonardo Sandri.
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— ACI Digital (@acidigital) 2 de maio de 2018