REDAÇÃO CENTRAL, 12 de mai de 2018 às 13:00
O governo do Vietnã está pressionando duas comunidades de religiosas nas cidades de Hanói e Saigon para expropriar seus conventos.
Em Hanói, capital do país, dezenas de religiosas das Irmãs de São Paulo protestaram em 9 de maio nas ruas e denunciaram a construção ilegal de um centro comercial no terreno do seu convento.
A construção foi interrompida graças à reclamação do Arcebispo de Hanói, Cardeal Peter Nguyen Van Nhon, entretanto, foi reiniciada na terça-feira, 8 de maio. Nesse dia, uma das irmãs tentou impedir os trabalhadores, mas foi agredida e deixada inconsciente.
Segundo informações da agência Asia News, o imóvel da comunidade das Irmãs de São Paulo foi confiscado pelo governo comunista em 1954. Uma parte foi devolvida quando as religiosas abriram um dispensário para os pobres, um orfanato e um abrigo para meninas .
Agora, o governo aprovou a demolição de todo o convento para construir um prédio de cinco andares.
Desde 2011, a Arquidiocese de Hanói – a legítima proprietária do imóvel –, manifestou a sua oposição a esta “violação dos direitos dos católicos”.
Também em Saigon
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Por outro lado, na cidade de Saigon, o governo exige que comunidade das Adoradoras da Santa Cruz abandone o seu mosteiro para iniciar novos projetos de construção.
Nos últimos doze anos, as autoridades pressionaram as religiosas para que deixem este histórico convento, o mais antigo de Saigon.
Asia News informou que esta semana “as pressões chegaram ao ponto mais alto em um ambiente antirreligioso alimentado pela mídia estatal”.
Atualmente, o mosteiro acolhe centenas de religiosas.
Confira também:
200 policiais e delinquentes atacam mosteiro beneditino no Vietnã https://t.co/H4jGk6NRfm
— ACI Digital (@acidigital) 6 de julho de 2017