San Juan, a capital de Porto Rico, está sendo cenário nesta semana de uma decisiva batalha sobre o futuro do direito à vida, e a estabilidade da família no seio da reunião da CEPAL sobre população.

O evento, que se prolongará até 2 de julho, veio sendo dominado pelos grupos de pressão anti-vida, e segundo informaram delegados da organização pró-vida “Aliança para a Família” (ALAFA)  “quase todos os países participantes  propuseram uma resolução acolhendo ‘com satisfação’ a ‘Declaração de Santiago’ e fazendo-a ‘sua’”.

Segundo ALAFA, o problema com a “Declaração de Santiago” é que nela se propõe, em linguagem oblíqua mas inequívoca a promoção do “sexo livre” entre os jovens, a equiparação das uniões homossexuais,  a legalização do aborto irrestrito em toda a região, a capacitação de pessoal médico para a realização de abortos, entre outras medidas claramente anti-vida.

O conteúdo completo da controvertida Declaração de Santiago em sua versão completa (em formato pdf) pode ser lida em:

http://www.acidigital.com/declaracaodesantiago.zip

A controvertida resolução que será votada antes da sexta-feira chama-se  “Projeto de Resolução do Comitê Especial sobre População e Desenvolvimento do período de sessões da CEPAL – População e Desenvolvimento: Atividades Prioritárias Para o Biênio 2004 – 2006 RES7-ES  29 de junho de 2004”.  A resolução tem 3 páginas e embora apareça totalmente inócua, diz textualmente:  “A Comissão Econômica para América Latina e Caribe…. Acolhendo com satisfação … os acordos adotados na reunião da Mesa diretiva Ampliada do Comitê especial sobre População e Desenvolvimento do período de sessões da CEPAL, celebrada em Santiago do Chile nos dias 10 e 11 de março de 2004.”

Até agora, somente a delegação dos Estados Unidos, presidida pelo Congressista pró-vida Christopher Smith, e as delegações da Costa Rica e Nicarágua, decidiram não patrocinar a controvertida declaração.

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Segundo fontes pró-vida, a maioria dos presidentes de delegações ignoram a gravidade do assunto ou são manipulados por membros de segundo nível.

No Peru, por  exemplo, o Presidente da delegação, Javier Sota Nadal, Ministro da Educação, não  domina a matéria, enquanto que o membro da delegação peruana Alfredo Chuquihuara, um conhecido militante pró-abortista, tem tido reuniões com a maioria dos delegados latino-americanos para convencê-los de que a aprovação da declaração “não afetaria” legalmente aquelas nações que, como o Peru, têm em sua constituição clara previsões contra o aborto.

Algo semelhante acontece com a delegação de El Salvador, onde o Presidente do grupo, Ricardo Flores, um funcionário do Ministério de Relações Exteriores, é pessoalmente oposto às declarações, mas “recebeu instruções”  para agir segundo a membro da delegação Ana Heizel Escrich, uma feminista abortista que participou da redação da controvertida declaração de Santiago.

Segundo as organizações pró-vida, “o significado disto é que a América Latina aceitou uma postura que deixa a vida dos inocentes muito vulnerável e as famílias muito debilitadas”.

“Alguns delegados –adverte ALAFA- continuam com a ilusão de que anunciar suas reservas originais  a Cairo ou Pequim é suficiente. Isto é falso. A Declaração de Santiago vai muito além de Cairo e Pequim e só pode ser freada com uma clara rejeição”.

A ALAFA  pediu às organizações pró-vida de cada país “colocar-se  urgentemente em contato com as autoridades de mais alto nível em seus governos e denunciar isto na imprensa, para deter uma manobra que poderia custar muito ao futuro da vida na região”.