RIO DE JANEIRO, 18 de mai de 2018 às 10:35
O Rio de Janeiro será sede do Congresso Mundial de Obstetrícia e Ginecologia, FIGO 2018, em outubro, evento que, segundo relatório apresentado pelo site ‘Estudos Nacionais’, irá promover e ensinar técnicas de aborto no Brasil.
O Congresso Mundial da FIGO (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia) se intitula “o maior congresso global sobre saúde materna e infantil, reunindo obstetras, ginecologistas e profissionais de saúde de todo o mundo”. O evento acontecerá entre os dias 14 e 19 de outubro, no RioCentro. Porém, haverá também cursos na fase pré-congresso.
Segundo o relatório elaborado por Luan Gonçalves, estudante de medicina, e Marlon Derosa, diretor executivo e editor de projetos editoriais na Editora Estudos Nacionais, organizador e coautor do livro ‘Precisamos falar sobre aborto: mitos e verdades’, “o site do FIGO 2018 é bastante claro quanto a real intenção por trás do Congresso”.
Conforme pontuam os autores, a própria FIGO justifica a realização deste evento “dado o clima de mudança em relação ao aborto na América Central e do Sul” e considera que “o Congresso no Rio de Janeiro é uma oportunidade de introduzir as tecnologias de abortamentos a novos provedores [de aborto]”.
“A FIGO – advertem – mantém parceria oficial com o IPPF (International Planned Parenthood Federation) e a OMS, que são instituições sabidamente de orientação pró-aborto e facilitadoras de iniciativas abortistas em todo mundo”.
Além disso, tal instituição “mantém um projeto de larga escala para a expansão do aborto legal. Trata-se do ‘FIGO Prevention of Unsafe Abortion Initiative” (FIGO – Iniciativa para Prevenção ao Aborto Inseguro)”.
Quanto ao Congresso no Rio de Janeiro, o relatório descreve que sua grade “propõe cerca de 48 colóquios sobre aborto”, nos quais “a abordagem temática é sempre unilateral na visão do aborto como um direito”.
“Todos os palestrantes ou financiadores são pró-aborto e não há nenhuma discussão em sentido contrário, defendendo a dignidade da vida do nascituro, tampouco os males gerados pelo aborto na saúde das mulheres”, indicam.
Especificamente, assinalam que “um dos cursos que ocorrerá na fase pré-congresso chama-se Abortion Technology (Tecnologia de Aborto), e abordará técnicas de aborto tanto no primeiro quanto no segundo trimestre de gestação”.
O curso é “viabilizado em parceria com a National Abortion Federation, em colaboração com ONGs, fundações e clínicas de abortos, como a Gynuity Health Projects (GHP), Fundación Oriéntame, British Pregnancy Advisory Service , Ipas, DKT, Marie Stopes Mexico, British Pregnancy Advisory Service e Global Doctors for Choice. Entre os professores no curso estão aborteiros profissionais, de clínica de abortos que movimentam bilhões anualmente”.
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Durante este curso serão abordadas inclusive técnicas de abortos mais agressivas como a D&E, conhecida como desmembramento, “que vem sendo proibida em muitos lugares que têm o aborto legalizado, devido à crueldade do procedimento, que literalmente mata o feto por meio da mutilação de seu corpo”, indica o relatório.
Apoiadores
Entre as diversas instituições que apoiam a realização do Congresso FIGO 2018 no Rio de Janeiro está a Federação Brasileira das Associações de Obstetrícia e Ginecologia (Febrasgo), que, conforme assinalam os autores do relatório, tem se engajado fortemente com outras ONGs da militância pela legalização do aborto no Brasil.
Como exemplo, citam o fato de tal Federação ter se inscrito na Audiência Pública sobre a ADPF 442 no Supremo Tribunal Federal (STF) para expor “em prol da legalização do aborto até 12 semanas de gestação sob desejo da gestante”.
“Muito embora esses grupos atualmente reivindicam a legalização do aborto até 12 semanas, a Febrasgo quer, com o evento FIGO 2018, em outubro, preparar os profissionais da saúde para realizar abortos até o segundo trimestre, utilizando das mais violentas técnicas de desmembramento de fetos em estágio avançado de desenvolvimento”, advertem.
Por fim, os autores sublinham que, “enquanto a população brasileira e também os médicos são majoritariamente contrários à legalização do aborto no Brasil, importantes organizações como a Febrasgo, ao invés de representarem aqueles que dão razão à sua existência, aliam-se com organizações internacionais e clínicas de abortos para treinar profissionais sobre procedimentos de abortos até no segundo trimestre e lutar pela legalização do aborto no Brasil”.
Para conferir o relatório completo de ‘Estudos Nacionais’, basta acessar: http://estudosnacionais.com/2018relatorio01congressofigo/.
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— ACI Digital (@acidigital) 5 de maio de 2018