Vaticano, 22 de mai de 2018 às 06:00
No dia 19 de maio, no consistório público para a canonização dos Beatos Paulo VI e Dom Óscar Romero, também foi confirmada a santidade de outros quatro Beatos cuja vida foi marcada pela caridade aos mais necessitados.
Trata-se do Pe. Francesco Spinelli, sacerdote fundador do Instituto das Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento; Pe, Vincenzo Romano; Maria Catarina Kasper, fundadora do Instituto das Escravas Pobres de Jesus Cristo; e Nazaria Ignacia de Santa Teresa de Jesus, fundadora da Congregação das Missionárias Cruzadas da Igreja.
Francesco Spinelli
Nasceu em Milão em meados de 1800, foi ordenado sacerdote em 1875, começou o seu apostolado com os pobres da paróquia do seu tio Pe. Pietro. Em 1882, conheceu Catarina Comensoli, que queria ser religiosa de uma congregação cujo propósito era a Adoração Eucarística.
Entre milhares de vicissitudes ocorre a fundação de um instituto que deveria ser dividido. A Madre Comensoli estabeleceu a Congregação das Irmãs Sacramentinas e Francesco, a Congregação das Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento.
Depois de obter a aprovação, as Adoradoras tem a missão de adorar Jesus na Eucaristia, dia e noite, e de servir aos irmãos pobres e que sofrem, nos quais se revela o "rosto de Cristo".
No município de Rivolta d'Adda começa a buscar Cristo entre os infelizes, marginalizados, rechaçados e onde havia necessidade de algum tipo de escolas, oratórios, assistência aos doentes ou idosos solitários.
Cercado por uma grande reputação de santidade, morreu em 6 de fevereiro de 1913. Foi declarado beato por João Paulo II em 21 de junho de 1992, no Santuário Mariano de Caravaggio.
Vincenzo Romano
O Beato Vincenzo Romano foi sacerdote diocesano natural de Torre del Greco, na Itália. Nasceu em 3 de junho de 1751 e foi ordenado em 1775.
Em 1794, quando uma terrível erupção do Vesúvio destruiu quase toda a cidade, trabalhou pela reconstrução e inventou a "rastreadora", uma estratégia missionária a fim de reunir com o crucifixo na mão alguns grupos de pessoas ou transeuntes, improvisar uma pregação e logo depois acompanhá-los, se concordassem, à igreja ou oratório mais próximo para rezar juntos.
Muitas vezes se tornou um mediador entre os donos dos corais e os marinheiros que enfrentavam os riscos e o cansaço da pesca. Morreu em 20 de dezembro de 1831 e foi beatificado em 17 de novembro de 1963.
Os seus restos mortais são venerados na Basílica da Santa Cruz de Torre del Greco. Inclusive o seu lugar de nascimento, em via Piscopia, é um local de peregrinação.
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Maria Catarina Kasper
A alemã nasceu em 1820. Para ajudar a sua grande família, trabalhou como camponesa e tecelã e, em 1845, começou a sua vida junto com alguns colegas. Três anos depois, no dia da Assunção, abriu um lar para os pobres do país.
À nova associação deu o nome de Escravas Pobres de Jesus Cristo. A Madre Maria Catarina acompanhou a formação das noviças e a abertura de novas casas, inclusive no exterior, para ajudar os imigrantes alemães.
Sofre um ataque cardíaco em 27 de janeiro de 1898. Morreu na manhã do dia 2 de fevereiro. Foi beatificada por Paulo VI em 16 de abril de 1978.
Nazaria Ignacia de Santa Teresa de Jesus
Nasceu na Espanha, mas depois se mudou para o México com a sua família, por motivos econômicos. No mesmo barco viajavam algumas Irmãzinhas dos Idosos Abandonados. Logo depois, ela se tornou religiosa nessa Congregação.
A sua missão se desenvolveu na América. Em 1920, depois de um curso de exercícios espirituais centrado no Reino de Deus, criou uma nova Congregação, entendida como uma "cruzada de amor que abraça toda a Igreja".
A sua fundação foi no dia 16 de junho de 1925, com o nome de Irmãs Missionárias da Cruzada Pontifícia, depois Missionárias Cruzadas da Igreja. A nova família religiosa estava na vanguarda da situação na Bolívia nessa época e apoiou a promoção social e trabalhista das mulheres.
Em 1938, chegou à Argentina, onde deu vida a muitas instituições a favor dos jovens e dos pobres. Morreu em Buenos Aires, em 1943, e foi beatificada por São João Paulo II em 27 de setembro de 1992.
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— ACI Digital (@acidigital) 21 de maio de 2018