Antes do referendo desta sexta-feira, 25 de maio, que poderia legalizar o aborto na Irlanda, 125 mil cidadãos a mais se registraram entre os meses de fevereiro e começo de maio para participar da votação.

O aumento de votantes foi informado pelo Conselho Nacional da Juventude da Irlanda (NYCI), uma coalisão de organizações juvenis irlandesas.

James Doorley, subdiretor da organização, disse que muitos dos votantes recém-inscritos são jovens.

No total, segundo indica ‘The Irish Examiner’, mais de 3,2 milhões de pessoas se registraram para votar no histórico referendo de sexta-feira sobre a Oitava Emenda, alcançando mais do que o dobro de novos votantes em comparação com a consulta de 2015 que permitiu aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A população da Irlanda é de 4,7 milhões de habitantes.

No referendo, os votantes decidirão se será revogada a Oitava Emenda da Constituição Irlandesa, que reconhece o direito à vida da mãe e do nascituro.

Segundo a lei atual, o aborto na Irlanda é ilegal, a menos que se considere que a saúde da mãe está em perigo. Os cidadãos irlandeses pró-vida estão incentivando a votar pelo ‘não’ no referendo.

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A Oitava Emenda foi aprovada na Irlanda em 1983, com mais de67% de aprovação. Se o referendo for aprovado, os abortos poderiam ser praticados legalmente no país nas primeiras 12 semanas de gestação.

No ano passado, uma pesquisa do ‘Sunday Times’ informou que 37% das pessoas de 18 a 34 anos admitiram que permitiriam o aborto sem restrições, em comparação a 31% das pessoas entre 35 e 54 anos.

A pesquisa, realizada em fevereiro, mostrou uma crescente oposição a que se aumente o acesso ao aborto no país.

Uma pesquisa de ‘Sunday Behavior and Attitudes’ mostrou que o apoio aos abortos depois dos três meses de gestação caiu de 51% a 43%, enquanto a oposição a mudar as leis do aborto no país subiu de 27% para 35%.

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