MEXICO D.F., 8 de jul de 2005 às 13:15
A Conferência Episcopal Mexicana (CEM) emitiu um comunicado que rechaça o projeto para legalizar os cassinos e casas de jogo porque se “prejudicaria gravemente a tecido social” do país.
O texto está assinado pelo Presidente da CEM e Bispo de Leão, Dom José Guadalupe Martín Rábago, e o Secretário Geral e Bispo de Texcoco, Dom Carlos Aguiar Retes; e foi publicado no marco da 79º Assembléia Geral do Episcopado.
Depois de pedir que se analisem o impacto e as implicações desta lei, os bispos explicam que os cassinos não melhorarão a situação econômica do país, mas pelo contrário criarão “uma miragem de crescimento econômico que unicamente ajudará a empobrecer mais aos pobres e enriquecer mais aos ricos”.
Do mesmo modo, advertiram que o México “não tem a capacidade social nem política” para legalizar este tipo de negócios. Acrescentam que “os custos e prejuízos que deixa o jogo nos países industrializados se veriam aqui multiplicados pela pobreza, o desemprego, e a debilidade de algumas de nossas instituições”.
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O comunicado chama a quem promove os cassinos e casas de apostas a apresentar, “de acordo com a verdade”, todos os argumentos em que apóiam sua proposta. Além disso, pede à sociedade e seus representantes “procurar soluções reais aos problemas que como país vivemos dia a dia”, para assim obter o desenvolvimento cultural, econômico e político sem deixar-se “enganar pelas falsas promessas que nos oferece o dinheiro fácil”.
Por outro lado, o Arcebispo de Guadalajara, Cardeal Juan Sandoval Íñiguez, declarou à imprensa que sua relação com o José María Guarda, conhecido por possuir casas de apostas, não é estreita. Indicou que o fotografaram com ele “como ocorreu também com outras pessoas”. “O conheci em Cidade Juárez e lhe diz que é uma boa pessoa, mas que tem um mau negócio”, assinalou.
O Cardeal disse que é uma falácia afirmar que com as casas de apostas se fomentará o trabalho, “porque não serão empregos dignos”. Advertiu que este tipo de negócios conduzem outros vícios, como a droga, a prostituição e o alcoolismo.
O comunicado completo está em: http://www.cem.org.mx/prensa/comunicados/060705.htm