ROMA, 8 de jul de 2005 às 13:28
Sandro Magister, vaticanista do semanário italiano L'Espresso, assinala esta sexta-feira em sua coluna que os chamados "direitos reprodutivos" converteram-se em uma fonte de crescente tensão entre o Vaticano e a Organização de Nações Unidas (ONU), além da União Européia (UE).
A Santa Sé tem representantes permanentes na ONU e a União Européia, "entretanto -diz Magister- a Igreja Católica é freqüentemente tratada lá como o inimigo número um".
"O é enquanto religião monoteísta, e como tal, considerada geradora de intolerância", explica o vaticanista; mas assinala que o é especialmente por opor-se "àquela filosofia dos ‘direitos reprodutivos’ que é o verbo indiscutível da ONU e da UE em matéria de família e procriação".
A natureza ferozmente anti-natalista de ambas as organizações, conforme explica Magister, foi evidenciada recentemente em um livro publicado na Itália titulado “Contra o Cristianismo. A ONU e a União Européia como nova ideologia”. As autoras são as italianas Eugenia Roccella e Lucetta Scaraffia.
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Rocella, conforme explica Magister, é uma intelectual não católica que é além disso "uma expoente relevante dos movimentos feministas", enquanto que Scaraffia é professora de história contemporânea na Universidade La Sapienza de Roma.
Em sua coluna, Magister comenta o conteúdo do livro; e entre outras coisas assinala que Roccella e Scaraffia "destacam a raiz da nova ideologia na 'separação entre sexualidade e procriação' cuja conseqüência vai 'mais à frente do aborto’, no retorno estridente da eugenésia”.
O artigo completo de Magister pode ler-se em inglês em: www.chiesa.espressonline.it/index.jsp?eng=y