O Papa Bento XVI expressou seu mais férreo rechaço ao assassinato do embaixador egípcio no Iraque, Ihab o-Sherif, e assinalou que o contexto mundial de “persistente terrorismo” não pode diminuir os esforços da comunidade internacional contra a violência.

O Cardeal Angelo Sodano, Secretário de estado Vaticano, dirigiu uma carta em nome do Papa a Nevine Simaika Halim Abdalla, embaixatriz do Egito ante a Santa Sé.

Na missiva, considera que “este bárbaro assassinato tem lugar em um contexto mundial de persistente terrorismo, contrário a todo sentimento de humanidade e de religião. Mas não poderá diminuir nunca o compromisso da comunidade internacional contra a violência e o esforço comum na busca e eliminação de suas causas políticas, sociais, culturais”.

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A carta diz que “o Santo Padre, informado do cruel delito, deseja expressar ao senhor Hosni Mubarak, presidente da República Árabe do Egito, a seu governo, e a todo o nobre povo egípcio, amante da paz, sua profunda dor e suas orações, e pede que estes sentimentos sejam também transmitidos aos familiares do embaixador o-Sherif”.

"Ao longo da história da humanidade um embaixador foi considerado como uma pessoa sagrada, um representante oficial de seu povo e pela natureza de sua missão, da paz e a fraternidade dos povos", sustenta a carta.

Ihab ao Sherif, de 51 anos, foi seqüestrado na sábado. O funcionário foi o primeiro membro do corpo diplomático acreditado ante o novo governo do Iraque. Na quarta-feira, a Organização Al Qaeda na Mesopotâmia se adjudicou sua retenção.