ROMA, 8 de jul de 2005 às 15:23
Em uma entrevista concedida ao jornal italiano L’Espresso, o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls, revelou alguns detalhes dos momentos que seguiram à morte do Papa João Paulo II em abril passado.
O porta-voz vaticano relatou que “as religiosas, seu secretário (Dom Estanislao Dziwisz, atual Arcebispo da Crac´óvia) e os outros poucos presentes começaram a entoar espontaneamente um ‘Te Deum’ para agradecer a Deus não pela morte, naturalmente, mas sim por aqueles 84 anos tão fecundos. Também eu naquele momento tive dificuldades para dizer uma prece de sufrágio”.
Nesta mesma entrevista, Navarro-Valls afirmou que o exemplo de João Paulo II faz não temer a velhice nem o declive físico. “Ensinou-nos que a vida leva à morte, mas que esta não é o final da vida”, indicou.
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Do mesmo modo, destacou os vínculos de João Paulo II e o Papa Bento XVI, considerando como “uma delícia” assistir a uma conversação entre ambos.
“Era uma delícia lhes escutar. De um lado o Papa filósofo e do outro o cardeal teólogo, em uma continua osmose”, adicionou.