CARACAS, 30 de mai de 2018 às 18:00
Na última segunda-feira, 28 de maio, um grupo de pessoas se apropriou das instalações da Paróquia Nossa Senhora do Carmo de Ejido, pertencente à Arquidiocese de Mérida, na Venezuela.
SIN LEY| Presuntos miembros de un consejo comunal invadieron iglesia en Mérida https://t.co/5iJ0hgaoy9 pic.twitter.com/wz6h7hwGd5
— 800 Noticias (@800Noticias) 29 de maio de 2018
O Bispo Auxiliar de Mérida, Dom Luis Enrique Rojas Ruiz, manifestou em 28 de maio que o grupo entrou de forma violenta e arrancou os cadeados das portas que dão acesso ao campo de futebol e aos salões paroquiais.
O pároco do local, Pe. José Juan Flores, impediu que entrassem no templo e perguntou quem eram. Disseram que faziam parte do Conselho do bairro e foram em nome do prefeito de Ejido, Simón Pablo Figueroa.
Imediatamente depois, os ocupantes pediram ao Pe. Flores que retirasse os pertences e começaram a soldar as portas metálicas do lado de fora.
Em declarações ao Grupo ACI, em 29 de maio, Dom Rojas explicou que, depois disso, decidiu divulgar o “terrível e arbitrário” proceder do grupo através de uma mensagem de Whatsapp.
“Pedimos às autoridades encarregadas deste caso para que respondam pela integridade e segurança tanto dos sacerdotes quanto de todas as pessoas que participam da paróquia”, descreveu o texto de Dom Rojas.
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Algumas horas depois, Dom Rojas conversou por telefone com o prefeito e o convidou para uma reunião. Entretanto, ainda não se encontraram, pois o prefeito está em Caracas.
Dom Flores manifestou que um acontecimento como este era iminente, pois a Igreja recebeu ameaças de que as casas paroquiais seriam tomadas, assim como ameaçaram os sacerdotes e os fiéis dos lugares.
“Em muitas ocasiões eles ofenderam a fé, picharam as casas paroquiais com grandes ofensas. Querem prejudicar a imagem dos sacerdotes e do episcopado, então danificam obras bonitas com insultos e grandes ofensas”, denunciou Dom Rojas.
Na tarde desta terça-feira, os advogados da Arquidiocese e da comunidade se reuniram a fim de encontrar soluções que acabem com a apropriação.
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— ACI Digital (@acidigital) 7 de maio de 2018