Enviados do Papa Francisco para investigar abusos voltarão ao Chile por caso de Barros

Vaticano, 1 de jun de 2018 às 12:00

O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Greg Burke, comunicou que os enviados especiais para investigar os casos de abusos de alguns membros do clero no Chile, Dom Charles Scicluna e Mons. Jordi Bertomeu, voltarão ao país nos próximos dias e se dirigirão à Diocese de Osorno para continuar a investigação.

“A fim de continuar o processo de reparação e cura das vítimas dos abusos, nos próximos dias irão novamente ao Chile Dom Charles Scicluna e Mons. Jordi Bertomeu, desta vez se dirigirão em missão à Diocese de Osorno, de acordo com o Papa Francisco”, disse Burke em um comunicado divulgado na quinta-feira, 31 de maio.

A Diocese de Osorno é um dos principais focos nos casos de abuso, porque o seu bispo, Dom Juan Barros, foi acusado pelas vítimas de encobrir os abusos cometidos pelo sacerdote Fernando Karadima, julgado e condenado.

O Vaticano também revelou que, “enquanto isso, o Papa enviará ao presidente da Conferência Episcopal do Chile uma carta escrita pessoalmente e endereçada a todo o Povo de Deus, como havia prometido aos bispos”.

Nestes dias, o Papa Francisco receberá o segundo grupo de vítimas chilenas de abuso, especificamente cinco sacerdotes. Há algumas semanas, ele se reuniu com vítimas leigas. Todos foram recebidos na Casa Santa Marta, onde o Pontífice vive.

Entre os dias 15 e 17 de maio, 34 bispos chilenos se reuniram com o Santo Padre em Roma para tratar sobre os casos de abuso e colocaram seus cargos à disposição do Papa.

Em sua declaração, indicaram que: “Todos os bispos presentes em Roma, por escrito, colocamos os nossos cargos nas mãos do Santo Padre para que decida livremente sobre cada um de nós”.

Espera-se que Francisco tome uma decisão a respeito nos próximos dias.

Confira também:

Papa encontrou pastores sem cheiro de ovelha no Chile, lamenta Arcebispo https://t.co/Bu3JSr9Oi7

— ACI Digital (@acidigital) 29 de maio de 2018