A foto de um Bispo abençoando um sacerdote que está em quarentena com ebola, na República Democrática do Congo, comoveu as redes sociais nos últimos dias.

A imagem de Pe. Lucien Ambunga e do Arcebispo Coadjutor de Kinshasa, Dom Fridolin Ambongo Besungu, foi publicada no Twitter por um usuário identificado como Katako Arnold no último dia 24 de maio.

A mídia local informou que, há duas semanas, Pe. Ambunga foi contagiado com ebola depois de atender um homem que estava morrendo.

Uma fonte médica que decidiu permanecer anônima disse à AFP que “colocaram em quarentena um sacerdote da diocese de Mbandaka-Bikoro cujos resultados foram positivos (para ebola)”.

Vários usuários no Twitter compartilharam a fotografia, centenas de pessoas curtiram e comentaram que rezarão pela rápida recuperação do sacerdote.

Um dos usuários, identificado como Jeanpierre Mbanga, escreveu: “Que Deus o ajude, porque ele foi compassivo com os doentes”.

Outro usuário chamado Oressoh expressou suas orações para que Pe. Ambunga “seja curado em nome de Jesus, que lhe permita continuar servindo à humanidade, ao povo de Deus”.

Do mesmo modo, a líder pró-vida Obianuju Ekeocha compartilhou a imagem e escreveu: “Esta é a igreja na África. Sem dúvidas é cheia de fé, dependente de Deus, humilde e deseja seguir Jesus”.

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Em 26 de maio, Pe. Ambunga foi declarado curado de ebola e pôde deixar o hospital onde estava. O sacerdote pertence à Congregação da Missão e é pároco da Paróquia de Itipo, na Diocese de Mbandaka-Bikoro, no norte do país.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou no início de maio um novo surto de ebola na República Democrática do Congo. Até o momento, foram relatados 50 casos desta doença, dos quais 37 foram confirmados.

Rose Mkunu, médico que lidera uma delegação da Cáritas Congo, na cidade de Mbandaka, comentou à agência vaticana Fides que “a situação é alarmante, pois é uma epidemia de ebola urbana, diferente das anteriores”.

“A Cáritas está fazendo todo o possível para conscientizar e informar os líderes comunitários e religiosos a respeito da doença, sobre como se proteger e como prevenir o contágio, mas estamos limitados em nossos meios”, comentou.

“Devido à natureza da doença e a falta de informação, temem o risco da sua propagação em uma cidade de 1,2 milhões de habitantes e nas cidades vizinhas”, expressou em um comunicado o presidente da Conferência Episcopal do Congo (CENC), Dom Marcel Utembi Tapa.

A OMS explicou que o ebola é uma doença grave e “muitas vezes fatal se não for tratada”. A doença causa febre, dores musculares, vômitos, diarreia e pode levar a hemorragias.

É transmitida às pessoas pelos animais selvagens e se propaga através “da transmissão de pessoa à pessoa”.

Finalmente, Dom Utembi pediu aos fiéis “não cederem ao medo e à estigmatização que poderiam impedir a resposta à epidemia”.

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