Roma, 4 de jun de 2018 às 12:00
A foto de um Bispo abençoando um sacerdote que está em quarentena com ebola, na República Democrática do Congo, comoveu as redes sociais nos últimos dias.
A imagem de Pe. Lucien Ambunga e do Arcebispo Coadjutor de Kinshasa, Dom Fridolin Ambongo Besungu, foi publicada no Twitter por um usuário identificado como Katako Arnold no último dia 24 de maio.
Un prêtre atteint du virus ebola reçoit à distance les prières de son archevêque Ambongo de mbandaka bikoro
— katako arnold (@arnoldkatako) 24 de maio de 2018
Le Père Lucien d'Itipo. #RDC #ebola pic.twitter.com/wDLMrPsByC
A mídia local informou que, há duas semanas, Pe. Ambunga foi contagiado com ebola depois de atender um homem que estava morrendo.
Uma fonte médica que decidiu permanecer anônima disse à AFP que “colocaram em quarentena um sacerdote da diocese de Mbandaka-Bikoro cujos resultados foram positivos (para ebola)”.
Vários usuários no Twitter compartilharam a fotografia, centenas de pessoas curtiram e comentaram que rezarão pela rápida recuperação do sacerdote.
Um dos usuários, identificado como Jeanpierre Mbanga, escreveu: “Que Deus o ajude, porque ele foi compassivo com os doentes”.
Outro usuário chamado Oressoh expressou suas orações para que Pe. Ambunga “seja curado em nome de Jesus, que lhe permita continuar servindo à humanidade, ao povo de Deus”.
Do mesmo modo, a líder pró-vida Obianuju Ekeocha compartilhou a imagem e escreveu: “Esta é a igreja na África. Sem dúvidas é cheia de fé, dependente de Deus, humilde e deseja seguir Jesus”.
This is the Church in Africa...
— Obianuju Ekeocha (@obianuju) 31 de maio de 2018
Unapologetically faith-filled, dependent on God,humble,eager to follow Jesus.
Archbishop Fridolin Ambongo of Mbandaka-Bikoro DRC praying for Fr Lucien Ambunga infected by Ebola while ministering to the dying.
This is the Church I know. https://t.co/ShT1DZRfF1
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Em 26 de maio, Pe. Ambunga foi declarado curado de ebola e pôde deixar o hospital onde estava. O sacerdote pertence à Congregação da Missão e é pároco da Paróquia de Itipo, na Diocese de Mbandaka-Bikoro, no norte do país.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou no início de maio um novo surto de ebola na República Democrática do Congo. Até o momento, foram relatados 50 casos desta doença, dos quais 37 foram confirmados.
Rose Mkunu, médico que lidera uma delegação da Cáritas Congo, na cidade de Mbandaka, comentou à agência vaticana Fides que “a situação é alarmante, pois é uma epidemia de ebola urbana, diferente das anteriores”.
“A Cáritas está fazendo todo o possível para conscientizar e informar os líderes comunitários e religiosos a respeito da doença, sobre como se proteger e como prevenir o contágio, mas estamos limitados em nossos meios”, comentou.
“Devido à natureza da doença e a falta de informação, temem o risco da sua propagação em uma cidade de 1,2 milhões de habitantes e nas cidades vizinhas”, expressou em um comunicado o presidente da Conferência Episcopal do Congo (CENC), Dom Marcel Utembi Tapa.
A OMS explicou que o ebola é uma doença grave e “muitas vezes fatal se não for tratada”. A doença causa febre, dores musculares, vômitos, diarreia e pode levar a hemorragias.
É transmitida às pessoas pelos animais selvagens e se propaga através “da transmissão de pessoa à pessoa”.
Finalmente, Dom Utembi pediu aos fiéis “não cederem ao medo e à estigmatização que poderiam impedir a resposta à epidemia”.
Confira também:
http://t.co/1Xi7aP5vud
— ACI Digital (@acidigital) 20 de agosto de 2015
Religiosa que doou seu sangue para salvar doentes de ebola: a vida é para dá-la pic.twitter.com/lgtJ9xXuu0