SANTIAGO, 5 de jun de 2018 às 14:00
A Sala de Comunicações da Arquidiocese de Santiago do Chile divulgou as sentenças canônicas por abusos sexuais que foram executadas pelo Cardeal Ricardo Ezzati durante o período em que está à frente da Arquidiocese.
A publicação foi iniciativa do próprio Arcebispo, que em sua homilia no encerramento do X Sínodo da Igreja de Santiago, em 21 de maio, disse que a Santa Sé lhe confiou as sentenças de seis casos.
O primeiro se refere a Alfredo Soiza-Piñeyro Vega. Em janeiro de 2012, o Arcebispo emitiu uma investigação preliminar que finalmente foi enviada à Congregação para a Doutrina da Fé. Ele foi afastado do ministério sacerdotal até o momento em que a Santa Sé estabeleceu sua demissão do estado clerical.
O segundo caso é o de Cristián Precht Bañados, condenado em 2012 a cinco anos de suspensão do ministério sacerdotal. Atualmente, não realiza nenhum trabalho pastoral e enfrenta uma nova investigação, depois das acusações de algumas vítimas do caso Maristas.
O terceiro aponta Roberto A. Salazar Soto, dos Missionários de São Francisco de Sales. O seu caso foi confiado ao Arcebispo pela Congregação para a Doutrina da Fé em maio de 2012. O religioso foi retirado da sua congregação e do estado clerical em julho de 2013.
O quarto caso é o de Héctor Valdés Valdés, também membro dos Missionários de São Francisco de Sales. Em 2013, a Congregação para a Doutrina da Fé confiou o caso ao Cardeal Ezzati, que terminou com a sua demissão da congregação e do estado clerical.
O quinto é Luis Morel Gumucio, suspenso do seu ministério sacerdotal. Faleceu em 23 de janeiro de 2015, pouco tempo depois da sentença.
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Seis meses após a sua morte, uma praça localizada no bairro de Macul foi chamada “Padre Luis Morel Gumucio”. Logo depois da publicação da lista de sentenças, o atual prefeito de Macul, Gonzalo Montoya, informou que mudarão o nome da praça.
O último caso é o de José Luis Díaz Atilano, que foi confiado ao Arcebispo pela Congregação para a Doutrina da Fé.
Ele foi demitido da sua congregação e do estado clerical, mas o religioso apresentou um apelo ante a Congregação para a Doutrina da Fé.
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— ACI Digital (@acidigital) 1 de junho de 2018