MEXICO D.F., 10 de jul de 2005 às 13:44
A Conferência Episcopal Mexicana (CEM) emitiu um comunicado no qual recorda que a vida é um dom dado por Deus que o homem deve proteger, e esclarece que não existe um direito à morte nem “em situações de dores extremos”.
O texto, publicado no marco da 79º Assembléia Geral da CEM, explica que “a razão nos ensina que cada ser humano é um sujeito único, a única criatura em todo o universo capaz de consciencia sobre si mesmo, de amar e ser amado”. Isto, indica, lhe dá um valor intrínseco e o cheia de direitos inalienáveis, o primeiro dos quais é o da vida.
Do mesmo modo, assinala que como Igreja sabemos “que cada ser humano é fruto do chamado de Deus à vida”, quem o ama da eternidade, inclusive independentemente de sua situação moral.
Esta consciência do amor verdadeiro e sobre o homem, explica o comunicado, levou a Igreja a desenvolver todo tipo de trabalhos que favoreçam e defendam a dignidade da vida humana. Além disso, advoga para que a ciência esteja a seu serviço e não a instrumentalize acreditando que se pode favorecer a saúde de muitos “a costa da morte de meninos em gestação ou de doentes terminais”.
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“Não existe o direito à morte! Ninguém se dá a vida a si mesmo! recebe-a, é um dom que lhe vem dado! Por sua natureza social o homem sabe que dito dom não é só para si mesmo, mas também o é para os outros”, disseram os bispos.
A CEM recorda que “cada ser humano tem o direito e o dever de conservar a vida” própria e alheia, sem dispor arbitrariamente dela. Indica que “hoje temos inumeráveis meios” para diminuir a dor física e que em casos extremos, “devemos procurar o melhoramento dos cuidados” paliativos.
No texto, os bispos chamam os cientistas e profissionais da saúde, assim como aos políticos, a comprometer-se com a vida, legislando “a favor de um humanismo de altura, integral e solidário” que leve a “uma nova ordem social, econômico e político”.
O comunicado completo se encontra em http://www.cem.org.mx/prensa/comunicados/070705.htm