CARACAS, 10 de jul de 2005 às 13:48
O Presidente da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) e Arcebispo de Mérida, Dom Baltazar Porras Cardozo, reiterou o rechaço da Igreja a possível despenalização do aborto em caso de violação ou incesto no país, proposta em um projeto de reforma do código penal apresentado na Assembléia Nacional.
Durante o ato de abertura da 84° Assembléia Plenária da CEV, o Prelado manifestou que "o atentado contra a dignidade da mulher e o direito a sua integridade espiritual e corporal não deve comprometer o direito primigênio à vida”.
“O projeto de reforma do código penal conduziria a maiores inconvenientes sociais, já que às mulheres pobres lhes ajudaria mais com uma moradia e um emprego digno que com abortos", adicionou.
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Dom Porras questionou os “intentos de desqualificação pretendem restringir o exercício do direito à liberdade religiosa dos bispos a opinar e atuar sobre temas morais que afetam a integridade da pessoa humana".
Por sua parte, o Bispo de São Cristóbal, Dom Mario Moronta, em uma visita ao Congresso venezuelano assegurou aos legisladores que a Igreja se mantém firme na defesa da cultura da vida e recordou que “a própria Constituição defende a vida do ventre da mãe". Acrescentou que no caso de uma violação sexual, não é justo condenar a morte a um menino "quando lhe é perdoada a vida ao violador".