Dom Charles Scicluna e Mons. Jordi Bertomeu, delegados do Papa Francisco que reuniram antecedentes do possível encobrimento do Bispo de Osorno em casos de abusos sexuais cometidos pelo sacerdote Fernando Karadima, voltarão ao Chile em “missão pastoral” entre 12 e 19 de junho.

A informação, divulgada no dia 6 de junho por ‘Comunicaciones Misión Pastoral’ de Osorno, indica que os representantes do Papa estarão na Arquidiocese de Santiago e também na Diocese de Osorno.

A visita de Dom Scicluna e Mons. Bertomeu ocorre logo depois de uma investigação realizada em fevereiro de 2018, sobre o suposto encobrimento do Bispo de Osorno, Dom Juan Barros, em casos de abusos sexuais cometidos por Karadima, condenado em janeiro 2011 pelo Vaticano.

Os antecedentes foram entregues ao Papa Francisco, que depois da sua leitura se reuniu em 28 e 29 de abril com Juan Carlos Cruz, James Hamilton e José Andrés Murillo, vítimas e denunciantes dos abusos de Karadima. Alguns dias depois, de 15 a 17 de maio, o Santo Padre se encontrou com os bispos do Chile para discutir sobre o relatório de Dom Scicluna. No final das reuniões, os prelados colocam seus cargos à disposição do Pontífice.

Sem comunicar ainda a decisão sobre a renúncia dos bispos e as medidas a serem aplicadas na Igreja do Chile, o Papa Francisco enviou uma carta ao povo chileno em 31 de maio a fim de reiterar o seu pedido de perdão pelo modo como a Igreja agiu ante os casos de abuso sexual, de poder e de consciência.

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Junto com a carta, o Santo Padre anunciou a chegada de Dom Scicluna e Mons. Bertomeu ao país.

Além disso, de 1º a 3 de junho, o Sucessor de Pedro recebeu em Roma o segundo grupo de vítimas de Karadima, formado por cinco sacerdotes e dois leigos.

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