REDAÇÃO CENTRAL, 13 de jul de 2018 às 06:00
“Cristo, esse louco de amor, me fez louca também”, dizia Santa Teresa dos Andes, jovem carmelita descalça que buscava estar sempre em comunhão com Jesus. Faleceu ainda nova, aos 19 anos, e tornou-se modelo de santidade principalmente para a juventude latino-americana, da qual é padroeira.
Nascida em 13 de julho de 1900, em Santiago, no Chile, recebeu o nome Joana Fernandez Solar. Seus pais, Miguel e Lúcia, a educaram em um ambiente cristão. Aos seis anos passou a participar da Missa quase diariamente ao lado de sua mãe.
Essa vivência nutriu no coração da menina o grande desejo de receber a primeira comunhão, o que aconteceu em 1910. A partir de então, procurava comungar todos os dias e gostava de passar longos momentos em um íntimo diálogo com Jesus.
Estudou durante 11 anos no Colégio do Sagrado Coração e nos últimos três anos passou para o regime de internato. Nessa ocasião, precisou assumir com resignação o distanciamento de seus familiares, algo que ela se julgava incapaz de fazer, pois era muito dedicada à família.
Foi aos 14 anos que sentiu confirmada a sua vocação à vida religiosa. A troca de correspondências com a superiora das carmelitas dos Andes a ajudou a amadurecer este chamado até que, aos 17 anos, começou a expressar o desejo de ser carmelita.
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Dois anos mais tarde, em 1919, ingressou para as carmelitas dos Andes, tomando o nome de Teresa de Jesus. Sua vida no Carmelo foi breve, pois onze meses depois contraiu febre tifoide e faleceu aos 19 anos, no dia 12 de abril de 1920.
Teresa foi beatificada por São João Paulo II em 1987 e canonizada pelo mesmo Papa em 1993, quando ele a chamou pela primeira vez de Santa Teresa de Jesus “dos Andes”. Na ocasião, o Pontífice ainda recordou que ela era a primeira santa chilena e a primeira carmelita descalça da América Latina a ser elevada à honra dos altares.
Na homilia de canonização de Santa Teresa, João Paulo II assinalou ainda que, “a uma sociedade secularizada, que vive de costas para Deus, esta carmelita chilena, que viveu com alegria apresentada como modelo da perene juventude do Evangelho, oferece o testemunho límpido de uma existência que proclama aos homens e mulheres de hoje que no amar, adorar e servir a Deus estão a grandeza e a alegria, a liberdade e a realização plena da criatura humana”.
O Pontífice ressaltou que a vida de Santa Teresa “grita suavemente a partir do claustro: ‘só Deus basta!’” e este é um grito “especialmente aos jovens, famintos de verdade e em busca de uma luz que dê sentido a suas vidas”.
“A uma juventude solicitada pelas contínuas mensagens e estímulos de uma cultura erotizada e uma sociedade que confunde amor genuíno, que é doação, com o uso hedonista do outro, esta jovem virgem dos Andes proclama hoje a beleza e bem-aventurança que emana corações puros”, acrescentou.