A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) terminou sua Assembléia Plenária com um chamado a defender a vida desde a concepção pela via do diálogo, diante das tentativas de despenalizar o aborto no país.

O documento final da Assembléia deplora que algumas “pessoas e grupos” não assumam o direito à vida “como básico e irrenunciável. Deploramo-lo profundamente e os convidamos à reflexão e ao diálogo”. 

Os bispos recordam que “o Evangelho nos leva a proclamar com força que a vida constitui um direito fundamental. Os seguidores de Jesus Cristo, com tantos outros fiéis e homens de boa vontade, estamos chamados a ser defensores deste direito, no seu começo, no seu desenvolvimento, no seu final”.

O texto denuncia como “geradores de uma forma particular de anti-cultura de morte” a quem promove os atentados contra a vida.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

“Uma atenção especial merece a proposta de modificação do Código Penal para a despenalização do aborto em determinados casos. Como Igreja reafirmamos nossa posição de defesa da vida”, indica o documento e recorda que “não é aceitável que se castigue com a morte ao mais indefeso, o recém concebido, e a solução consista em desembaraçar-se dele. Advogamos por uma atenção adequada, nos diferentes âmbitos, às mulheres que sofrem as conseqüências destes atropelos; e exigimos a aplicação estrita da justiça nos casos que a mereçam”.

Os bispos reiteraram “a opção da Igreja por uma cultura da vida e da paz; estamos irrestritamente a seu favor e serviço, e rechaçamos o que tenha sabor de cultura de morte. Apoiamos quanto favoreça a reconciliação e permita superar as semeadura de ódio e de divisão. Há muitas realidades, valores e sinais em nosso cristianismo, que devem ser evocados e potencializados na Venezuela de hoje, para pô-los ao serviço de todos, de modo que iluminem os caminhos que o país deve percorrer”.

Segundo os prelados, “faz-se indispensável a urgência de ‘procurar juntos a verdade concreta’ de cada dia, nas muitas situações prementes que devemos enfrentar como pessoas e como país. Mas isto exige que ninguém se considere o ‘dono absoluto da verdade’. O único absoluto é Deus”.