FATIMA, 13 de jul de 2018 às 13:30
O Bispo de Leiria-Fátima, Dom António Marto, se apresentou pela primeira vez na Cova da Iria como Cardeal na quinta-feira, 12 de julho, quando deu início à Peregrinação Internacional Aniversária, rezando pelos cristãos perseguidos no Oriente Médio.
Dom Marto foi criado Cardeal pelo Papa Francisco no consistório do último dia 28 de junho, no Vaticano.
Na quinta-feira, em sua saudação de abertura da Peregrinação Aniversária, na capelinha das aparições do Santuário de Fátima, expressou: “Queremos implorar o dom da paz para o martirizado oriente Médio, mormente na Síria, e para os nossos irmãos e irmãs cristãos, perseguidos e martirizados”.
O Purpurado também cumprimentou o Bispo Auxiliar do Porto, Dom António Augusto Azevedo, que presidiu a peregrinação de julho. Além disso, desejou aos peregrinos que vivessem um “verdadeiro encontro com Jesus Cristo, aquele que a Mãe celestial deu ao mundo e apresentou aos pastorinhos”.
Segundo o Cardeal Marto, a peregrinação a Fátima é “um momento privilegiado para fazer a experiência da ternura e da misericórdia da Mãe Igreja”, sendo, portando “uma viagem santa” e “experiência de oração, de silêncio interior, de busca de luz e de verdade, de pureza de coração, de reconciliação, de conversão e de paz conosco, com Deus e com os outros”.
Por sua vez, Dom António Augusto Azevedo reforçou que “uma peregrinação a Fátima é sempre um momento especial de encontro com Jesus Cristo”.
Na homilia da Missa da vigília, na noite de quinta-feira, 12 de julho, Dom Azevedo assinalou que no Santuário de Fátima “experimentamos a riqueza de sermos povo de Deus e a força de sermos Igreja verdadeiramente católica”.
“Junto de Maria sentimos como é importante vencer as tentações dos particularismos de indivíduos ou grupos, de superar focos de divisão e de nos congregarmos da unidade”, expressou o Bispo Auxiliar do Porto, segundo o site do Santuário.
“Damos graças pelo bem que a partir de Fátima se tem multiplicado em muitas vidas, em famílias, grupos e comunidades cristãs; pela paz que desde Fátima tem chegado a muitos corações”, acrescentou.
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Ter esperança
Nesta sexta-feira, 13 de julho, Dom António Augusto Azevedo presidiu a Missa de encerramento da Peregrinação Internacional Aniversária, quando defendeu que, “diante do rosto do mal no nosso tempo, tenha ele o nome de guerra ou terrorismo, violência ou exclusão, abandono ou solidão, injustiça ou corrupção, precisamos ter esperança”.
“Num presente cheio de incertezas e de um futuro com alguma sombras, precisamos ter esperança, sonhar e acreditar”, indicou, ressaltando que “não podemos cair na resignação, na indiferença ou na banalização do mal nem remeter ao individualismo ou comodismo fáceis”.
Dom Azevedo assinalou que Fátima é uma “janela de esperança que Deus deixou aberta” à humanidade. Assim, exortou os peregrinos e todas as comunidades católicas a que, através da sua “ação” e “oração”, continuem sendo sinais do amor e da esperança que Deus quer transmitir a toda a humanidade, apesar das suas “infidelidades”.
A peregrinação de julho assinala a terceira aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos. Nela estavam inscritos, segundo o Santuário de Fátima, 36 grupos, provenientes de 18 países: Alemanha, Béligica, Brasil, Costa do Marfim, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos, França, Gabão, Holanda, Hungria, Irlanda, Israel, Itália, Malta, Reino Unido, Polónia e Portugal.
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— ACI Digital (@acidigital) 28 de junho de 2018