O Papa Francisco enviou uma carta ao Patriarca de Lisboa (Portugal), Dom Manuel Clemente, agradecendo pela publicação, em fevereiro deste ano, de uma “Nota para a recepção do capítulo VIII da exortação apostólica ‘Amoris Laetitia’”, na qual o Prelado deixou algumas indicações aos seus presbíteros.

“Esta sua aprofundada reflexão encheu-me de alegria, porque reconheci nela o esforço do pastor e pai que, consciente do seu dever de acompanhar os fiéis, quis fazê-lo começando pelos seus presbíteros para poderem cumprir da melhor forma o ministério”, expressou o Pontífice na missiva data de 26 de junho, divulgada no site do Patriarcado de Lisboa.

Na carta, Francisco que, atualmente, as situações da vida conjugal constituem “um dos campos onde tal acompanhamento é mais necessário e delicado”.

Por isso, afirma que “quis chamar o Colégio Episcopal a um itinerário sinodal prolongado, que propiciasse – apesar das dificuldades inevitáveis – a maturação de orientações compartilhadas em benefício de todo o povo de Deus”.

O Santo Padre, então, expressa sua “gratidão” a Dom Clemente e, ao mesmo tempo, encoraja o Purpurado e “seus colaboradores no ministério pastoral” a que prossigam, “sabedoria e paciência, no compromisso de acompanhar, discernir e integrar a fragilidade, que de variadas formas se manifesta nos cônjuges e nos seus vínculos”.

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Trata-se, indicou o Papa, de “um compromisso que, se por um lado requer de nós, pastores, não pouco esforço, por outro regenera-nos e santifica-nos, pois tudo é animado pela graça do Espírito Santo, que o Senhor Ressuscitado concedeu aos apóstolos para a remissão dos pecados e o solícito tratamento de todas as feridas”.

“Na alegria de partilhar consigo, amado Irmão, esta doce e exigente missão, asseguro a lembrança da sua pessoa na minha oração e, pedindo-lhe que reze por mim também, de coração o abençoo juntamente com o presbitério e toda a comunidade diocesana do Patriarcado de Lisboa”, concluiu o Santo Padre.

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