O hábito franciscano que São Pio de Pietrelcina usava no dia em que recebeu os estigmas de Cristo será exposto em Assis (Itália), a terra do grande São Francisco, onde chegará em peregrinação para a chamada “festa do perdão”.

Há pouco mais de 100 anos, em 20 de setembro de 1918, Padre Pio recebeu o dom dos estigmas de Cristo, ou seja, as feridas do Senhor na crucificação.

Os frades capuchinhos levarão o hábito da cidade italiana de San Giovanni Rotondo até a Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis.

O hábito será exposto de 29 de julho até 6 de agosto. Sua chegada se insere na celebração do “Perdão de Assis”, dia em que se recorda a indulgência concedida no ano 1216 a todos os fiéis a pedido do próprio São Francisco.

No dia 3 de agosto, o hábito seguirá ao Santuário da Espoliação, também em Assis, o lugar onde São Francisco recebeu o clássico hábito franciscano que identifica os membros de sua ordem.

Esta peregrinação também se insere na celebração dos 100 anos da aparição dos estigmas de Padre Pio e os 50 anos de sua morte, ocorrida em 1968.

Padre Pio, cujo nome de batismo é Francesco Forgione, nasceu em 25 de maio de 1887, em Pietrelcina (Itália), no seio de uma família católica.

Quando tinha 15 anos, uniu-se aos Frades Capuchinhos. Foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910, aos 23 anos.

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Durante sua vida, foram-lhe atribuídos muitos milagres, como diversas curas. Dizia-se ainda que podia ler as almas, levitar e bilocar-se.

Quando era investigado pelo Santo Ofício, agora a Congregação para a Doutrina da Fá, Padre Pio relatou que, “em 20 de setembro de 1918, depois da celebração da Missa, enquanto estava no devido agradecimento no Coro, repentinamente fui presa de um tremor, logo me chegou a calma e vi nosso Senhor na atitude de quem está na cruz, mas não vi se tinha a cruz, lamentando-se da má correspondência dos homens, especialmente dos consagrados a Ele que são seus favoritos”.

Nisso “se manifestava que Ele sofria e desejava associar as almas a sua Paixão. Convidava-me a me compenetrar em suas dores e a meditá-las: e ao mesmo tempo, ocupar-me da saúde dos irmãos. Em seguida, senti-me cheio de compaixão pelas dores do Senhor e lhe perguntei o que podia fazer. Ouvi esta voz: ‘Associo-te a minha Paixão’. E, em seguida, desaparecida a visão, tornei em mim, em razão, e vi estes sinais dos quais saía sangue. Não os tinha antes”, disse o santo.

O corpo do santo capuchinho permaneceu incorrupto até anos depois de sua morte e foi enviado a Roma em fevereiro de 2016, como parte das atividades do Jubileu da Misericórdia. São João Paulo II, que chegou a conhecê-lo, o canonizou em 2002.

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