Buenos Aires, 24 de jul de 2018 às 14:00
No contexto do debate sobre o projeto de lei do aborto na Argentina, um documentário recente revelou a estratégia do ministro da Saúde, Adolfo Rubinstein, para conseguir a despenalização desta prática.
O projeto de lei do aborto aprovado na Câmara dos Deputados em 14 de junho permite o aborto livre até a 14ª semana de gravidez e até os nove meses de gestação em casos de violação, de risco à saúde da mãe e inviabilidade do feto. Além disso, proíbe a objeção de consciência institucional.
O documentário produzido por Faro Films assinala que, apesar da suposta "neutralidade" que manifesta ter no debate sobre o aborto, Rubinstein usa "valores falsos" sobre a quantidade de mulheres que abortam na Argentina e de mortes por aborto.
Assim, pouco tempo depois de assumir como ministro da Saúde, Rubinstein disse que o número era de 500 mil abortos por ano na Argentina. Entretanto, quando expôs na Câmara dos Deputados, Rubinstein reduziu o número para 47 mil abortos por ano.
Em relação às mortes maternas por aborto, o ministro indicou que houve 245 em 2016, mas os números do Ministério da Saúde indicam 43 mortes por ano.
Do mesmo modo, o documentário assinala que Rubinstein tem uma relação próxima com a comissão Guttmacher-Lancet dedicada à promoção e ao financiamento do aborto em nível internacional.
Guttmacher-Lancet está ligado à International Planned Parenthood, a maior multinacional abortista do mundo, acusada em 2015 de vender órgãos de bebês abortados.
Nesse sentido, o documentário expõe os laços econômicos de IPPF com várias organizações abortistas na Argentina, como Casa FUSA, Católicas pelo Direito de Decidir, Fundação Huésped e Centro de Estudos de Estado e Sociedade (CEDES).
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Além disso, questiona-se que o projeto de lei do aborto não regula o destino dos restos dos bebês abortados. Isso causou suspeitas, pois várias organizações se dedicam à vender e traficar órgãos no mundo.
Finalmente, sublinha que Rubinstein foi nomeado ministro da Saúde em novembro, ou seja, poucos meses antes do início da ofensiva abortista.
Junto com isso, sublinha, a Argentina assumiu a presidência do G-20 e em sua agenda para o "desenvolvimento sustentável" defende o "acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluídos os de planejamento familiar, informação e educação, e a integração da saúde reprodutiva nas estratégias e programas nacionais".
O produtor Faro Films também divulgou outros trabalhos audiovisuais que revelam a crueldade do aborto, como "O ‘negócio’ feminista após a legalização do aborto" e "A armadilha do Senado para legalizar o aborto".
Confira também:
Famoso cartunista argentino Quino e sua personagem Mafalda apoiam o aborto? https://t.co/SJMGSs9mDj
— ACI Digital (@acidigital) 24 de julho de 2018