“Vimos Deus agir”, com essas palavras o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, recordou a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que aconteceu no Rio de Janeiro há cinco anos, entre os dias 23 e 28 de julho de 2013.

O Purpurado fez referência, assim, ao título que usou para um artigo que escreveu logo após a realização deste evento que também foi a primeira viagem apostólica internacional do Papa Francisco, o qual, segundo o Arcebispo, deixou “um legado de amor e coragem”.

Este evento mundial “proporcionou a milhares de peregrinos, entres os quais o primeiro me incluo junto com o Papa Francisco, em uma experiência de vida única em todos os sentidos, e com certeza levarei para toda vida”, assegurou o Arcebispo, que viveu a preparação da JMJ e acompanhou o Santo Padre em sua visita ao Rio de Janeiro.

Em um artigo publicado no site ‘ArqRio’, Dom Orani recordou importante momentos e fatos vividos durante a JMJ Rio2013. Entretanto, ressaltou que “o que mais marcou e ficou na memória de muitas pessoas, sem dúvida nenhuma foi a homilia da missa de despedida do Papa”.

Naquela Celebração Eucarística, em 28 de julho de 2013, na Praia de Copacabana, “com mais de 3,7 milhões de pessoas”, “diante da paisagem abençoada de mar, da montanha e do abraço do Cristo Redentor, o Papa Francisco silenciou a multidão, serenou corações, fortaleceu e incentivou o destemor crítico, tão característico da juventude, em nome da bandeira da doação e evangelização abnegadas”.

Além disso, indicou que a Jornada foi marcante por juntar “pessoas de diferentes culturas, idiomas, movimentos cristãos, que embora fossem tão diferentes, estavam unidos por uma só linguagem: a do amor de Jesus”.

Nesse sentido, ressaltou a alegria “contagiante” testemunhada no “alojamento, no metrô, pelas ruas, pelas longas filas (que os jovens deram uma demonstração de educação e de solidariedade incríveis), onde se pôde sentir a verdadeira unidade e amor entre os irmãos”.

A essa presença da juventude, o Purpurado recordou ainda que, “a cada ato da jornada era surpreendido pelo nosso querido Papa Francisco, que quebrou todos os e fez questão de estar no meio do povo, e demonstrar seu amor, seu carinho, seu respeito por todos que ali estavam”. Assim, disse ter percebido “um Papa amigo que se faz próximo de todos”.

A amizade foi outro elemento que Dom Orani observou na experiência da JMJ Rio 2013. Segundo ele, uma das constatações ouvidas durante e após o evento “foi a graça de muitos jovens de conviver em seus alojamentos com jovens de todos os cantos do mundo”, além da “beleza das amizades que nasceram entre as famílias hospedeiras e os jovens de outras nacionalidades”.

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“Havia peregrinos de todos os lugares, mas o mais impressionante era descobrir ali entre tantos leigos, padres, freiras, bispos, caminhando ao nosso lado, como peregrinos, vivendo toda experiência das longas filas, das catequeses, dos atos centrais, e isso me deixava emocionado por perceber que a Igreja é una, todos somos iguais, buscando a mesma Santidade”, assinalou.

Sobre as catequeses, o Cardeal Tempesta recordou que foi falado sobre o “amor de Cristo, em descobrir esse Primeiro Amor, e de levar esse amor a todos”, o que foi confirmado pelo Papa, o qual disse que Jesus continua contando com os “jovens, para que sejamos missionários de Cristo”.

“O Papa nos disse e é assim que resumo esta jornada que vivi ‘Ide, sem medo, para servir’. E de todo meu coração eu respondo, ‘aqui estou Senhor, envia-me!’”, indicou o Cardeal, agradecendo a Deus por lhe dar “essa oportunidade única de preparar e vivenciar tudo isso, pois é a Jesus que sirvo, é por Ele, para Ele e com Ele, que vou caminhar, que vou evangelizar, que vou confirmar os irmãos na fé e na misericórdia”.

Por fim, Dom Orani sublinhou que “restou a certeza de que aquele sábio e humilde pai, de coração aberto para o discurso de cada um de seus filhos, conta com esses discípulos do amor e jovens questionadores”.

“Os jovens são elementos umbilicais de importantes transformações, personagens de uma nova história, de positivas mudanças, a começar na Igreja Católica, que prossegue num caminho de evangelização, de envio para curar os corações feridos nas ‘periferias existenciais’ neste ‘grande hospital de campanha’”, completou o Arcebispo, lembrando ainda que a Igreja vive as vésperas do “sínodo dos Bispos sobre o discernimento vocacional da juventude” e se prepara “para a JMJ no Panamá no final de janeiro próximo”.

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