Buenos Aires, 2 de ago de 2018 às 17:00
“Se tivéssemos que educar que o aborto é um direito, estaríamos contradizendo nosso princípio de educar para a vida”, manifestou Silvio Montini, membro do Conselho Católico para Educação de Córdoba, devido ao projeto de aborto que está sendo discutido no Congresso da Nação Argentina.
O projeto de aborto será votado no próximo dia 8 de agosto. O texto assinala que o governo tem a responsabilidade de implantar políticas de “saúde sexual e reprodutiva” e promover uma “educação sexual integral”.
Em conversa com o Grupo ACI, Montini assegurou que o projeto é uma preocupação para os docentes da Argentina que valorizam e defendem a vida.
“A Lei de Educação Nacional exige que as escolas eduquem nos direitos humanos e para a vida”, mas uma lei de aborto coloca em uma “clara contradição” a docência, explicou o assessor legal.
Ainda assim, tentaram aplicar as políticas de sexualidade “através das oficinas de sexualidade que não impostas. Mas, até agora, a Lei de Educação garante a autonomia da escola e pode manter seus critérios educativos sem adotar os critérios que os organismos públicos impõem”, assegurou.
A lei do aborto pretende educar que esta prática “é um direito e isso não se pode aceitar, não pode ser um direito eliminar outras pessoas. É um drama, mas não um direito”, enfatizou o advogado.
“Nós não estamos de acordo com a penalização das mulheres que decidem tragicamente pelo aborto. Mas, daí a legaliza-lo e promove-lo há uma grande distância. Educar para a vida é uma coisa e educar para matar é outra”, insistiu.
Do mesmo modo, refletiu sobre a posição de um grupo de estudantes a favor do aborto. “Se nós não educamos bem os jovens, e é uma realidade, devemos revisar nosso sistema educativo”, expressou.
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“Devemos revisar o que fizemos na educação, por que os jovens não têm clareza conceitual a respeito do que supõe o aborto, que se está eliminando um ser humano e este é o mais indefeso”, acrescentou.
O assessor legal destacou o gesto das escolas cristãs de Córdoba, que expressaram esta preocupação em uma carta dirigida à legislatura da província para exigir aos senadores que rechacem o projeto de legalização do aborto.
“Os senadores de Córdoba devem ser fiéis intérpretes da Constituição e das leis de nossa província, pois elas expressam democraticamente a vontade do povo de Córdoba”, descreveu.
Do mesmo modo, o Conselho Católico para Educação de Córdoba impulsionou a campanha digital #ValaVida (A Vida vale) que promove o compromisso pela vida e os desafios de uma educação em formação de valores.
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— ACI Digital (@acidigital) 1 de agosto de 2018