LISBOA, 14 de jul de 2005 às 15:29
Grupos pro-vida advertiram que a aparição no mercado de um teste que determina o sexo do bebê com apenas cinco semanas de gestação, poderia levar aos pais a abortar se desejavam um menino do sexo oposto.
Em um artigo publicado recentemente no The Telegraph, o colunista James Langston apresentou o chamado Baby Gender Mentor, um teste que segundo seus criadores pode determinar o sexo do bebê a partir da busca do DNA do menino no sangue da mãe.
O teste custa 275 dólares e afirma ser 99,9 por cento eficaz. Seus criadores afirmam que este procedimento não toma mais de 48 horas e o que faz é procurar um cromossomo “E” no sangue da mãe. Se se encontrar, então a mãe espera um menino.
Sherry Bonelli, Presidenta do Pregnancystore.com –empresa que possui os direitos para difundir a prova nos Estados Unidos– acredita que não existe razão para preocupar-se com abortos eugênicos.
“A prova é para gente que está tão emocionada que não pode esperar ou seja se forem ter um menino ou uma menina”, indicou e adicionou que das muitas mulheres que adquiriram o teste, desenvolvido pela empresa Acu-Gen Biolab, “não existe evidência de que tenha sido utilizado para selecionar o sexo dos meninos”.
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Entretanto, organizações pro-vida como Americans United for Life temem que as mulheres que se sintam “desapontadas” com o sexo de seu bebê, optem por abortá-lo pois a gravidez está em uma fase muito inicial.
“As mulheres que estão interessadas em ter um filho de um determinado sexo, verão que é mais fácil abortar com poucas semanas de gravidez em vez de fazê-lo mais adiante durante a gestação, pois traz mais complicações”, afirmou Daniel McConchie, porta-voz da instituição.
Por sua parte o bioeticista Arthur Caplan da Universidade da Pennsylvania assinalou que às cinco semanas o menino mede tão somente centímetro e médio e muitas mulheres não se dão conta que estão grávidas. “Pode alegar distintas coisas, mas o fato é que (com esta prova) está-se enviando informação sobre o sexo do bebê. Isso te coloca dentro do negócio da seleção de sexo”, indicou.