Vaticano, 12 de ago de 2018 às 09:05
O Papa Francisco abençoou os 70 mil jovens presentes na Praça de São Pedro por ocasião da iniciativa “Por mil estradas rumo a Roma” e os incentivou a “renunciar ao mal”, dando-lhes uma série de recomendações.
Depois que o presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Gualtiero Bassetti, presidiu a Missa, Francisco foi à Praça e a percorreu, sandando os jovens presentes. Em seguida, deu-lhes um mandato missionário e abençoou os objetos que os jovens levarão à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Panamá, entre os dias 22 e 27 de janeiro de 2019: o Crucifixo de São Damião e uma estátua da Virgem de Loreto.
Antes de rezar o Ângelus, Francisco afirmou que, “para não entristecer o Espírito Santo, é necessário viver de uma maneira coerente com as promessas do Batismo, renovadas na Crisma”, as quais “têm dois aspectos: renúncia do mal e adesão ao bem”.
“Renunciar ao mal significa dizer ‘não’ às tentações, ao pecado, a satanás. Mais concretamente, significa dizer "não" a uma cultura da morte, que se manifesta na fuga do real para uma falsa felicidade que se expressa nas mentiras, na fraude, na injustiça, no desprezo do outro”.
Além disso, o Bispo de Roma disseque “a vida nova que nos é dada no Batismo, e que tem como fonte o Espírito, rejeita um comportamento dominado por sentimentos de divisão e discórdia”.
Alertou contra a ira, o desprezo e a maledicência, “elementos ou vícios que perturbam a alegria do Espírito, envenenam o coração e levam a praguejar contra Deus e o próximo”.
Entretanto, assinalou que “não basta não fazer o mal para ser um bom cristão; é necessário aderir ao bem e fazer o bem”.
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“Quantas pessoas não fazem o mal, mas nem mesmo o bem, e sua vida acaba na indiferença, a apatia, na tibiez. Essa atitude é contrária ao Evangelho, e também é contrária ao caráter de vocês jovens, que por natureza são dinâmicos, apaixonados e corajosos”.
O Pontífice os exortou “a serem protagonistas no bem” e a não se sentirem bem “quando vocês não fazem o mal”, porque “cada um é culpado pelo bem que poderia ter feito e não fez”.
“Não basta não odiar, é preciso perdoar; não basta não ter rancor, devemos orar pelos inimigos; não basta não ser causa de divisão, é preciso levar a paz onde ela não existe; não basta não falar mal dos outros, é preciso interromper quando ouvimos falando mal de alguém”.
“Se não nos opomos ao mal, nós o alimentamos calando. É necessário intervir onde o mal se espalha; porque o mal se espalha onde não há cristãos ousados que se opõem com o bem”.
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— ACI Digital (@acidigital) 12 de agosto de 2018