O Bispo da Diocese do Porto (Portugal), Dom Manuel Linda, publicou uma nota na qual expressa “plena adesão” diocesana ao Papa Francisco, frente a “ações de apostasia”, como recentes acusações de encobrimento de casos de abusos.

O Prelado se referiu à divulgação em 25 de agosto de um testemunho do ex-núncio nos Estados Unidos, Dom Carlo Maria Viganò, o qual afirmou que vários sacerdotes, bispos, cardeais e inclusive o Papa Francisco sabiam dos abusos do ex-cardeal Theodore McCarrick e agiram com negligência ou o encobriram.

Dom Viganò diz ainda que, em 2013, o Papa Francisco teria retirado as sanções supostamente impostas por Bento XVI a McCarrick.

“Perante a gravidade destas ações de apostasia, esta Diocese do Porto vem demonstrar a plena adesão ao magistério e à pessoa do Papa Francisco e lembrar a todos que a Igreja Católica só existe ‘com Pedro e sob Pedro’. E o ‘Pedro’ de hoje chama-se Francisco. Fora disso, pode haver fé e religião. Mas, certamente, não serão as católicas”, declarou.

Na nota, publicada no site da Diocese, Dom Linda assinala que, “provavelmente, na história recente, jamais algum Papa terá sido tão atacado por aqueles que se diziam ‘católicos’ como o Papa Francisco”. Segundo ele, há uma “única razão” para isso e é pelo fato de o Pontífice “reconduzir a Igreja à sua fidelidade evangélica”.

O Bispo recordou que, “nos últimos dias, a comunicação social tem-se feito eco de uma fortíssima agressão, preparada e urdida com todo o requinte, a respeito de um assunto que o Santo Padre tem muito a preito, pois constitui, certamente, a razão do máximo descrédito da Igreja”.

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“Esta investida – afirma – é assinada por um dos poucos que, há um ano, já haviam tentado uma espécie de ‘impeachment doutrinal’, depois da publicação da Exortação Apostólica ‘Amoris laetitia’ sobre o amor na família”.

Para o Prelado, portanto, não será difícil “descobrir mais uma tentativa de ‘assassinato de carácter’ do Papa por parte de um pequeníssimo grupo organizado que, desta vez, usa como testa de ferro um antigo Núncio, infiel ao dever jurado de fidelidade ao sucessor de Pedro e ao do segredo de ofício”.

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