SÃO PAULO, 17 de set de 2018 às 16:00
Após uma grande “onda celeste” se espalhar pela América Latina com milhões de pessoas saindo às ruas para defender a vida, o Brasil também se unirá a esse movimento internacional, com a Marcha pela Vida que acontecerá em São Paulo no próximo dia 30 de setembro.
A Marcha busca promover uma manifestação contra a legalização do aborto e a favor de apoiar leis que protejam as duas vidas: a do nascituro e a da gestante.
Esta iniciativa popular de manifestação cívica e espontânea ganhou impulso nos primeiros meses de 2018, frente às tentativas de vários setores políticos que procuraram legalizar o aborto em vários países da América Latina.
De modo específico na Argentina, o movimento “pelas duas vidas” ganhou o símbolo do lenço azul, que levou à conhecida “onda celeste”, em contraposição ao lenço verde usado pelos que defendiam a aprovação da lei do aborto neste país. O simbolismo, então, passou a ser adotado em diferentes países.
No Brasil, a Marcha ocorre após a audiência pública realizada pelo Supremo Tribunal Federal no começo de agosto, quando se debateu a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 442/2017 (ADPF 442), que propõe a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.
Nesse sentido, tem como principais objetivos e propostas: pressionar os poderes públicos a respeitarem a vida desde sua fecundação; promover a divulgação das associações que oferecem orientação e apoio às gestantes em crise; conscientizar a população da importância de se votar em políticos e partidos pró-vida, especialmente para o legislativo.
Além disso, busca oferecer argumentos reais aos 14% dos brasileiros que são a favor do aborto ou sua descriminalização, mostrando que esse “procedimento” é um atentado a humanidade; pedir cancelamento da ADPF 442/2017; pedir a aprovação da PL (projeto de lei) 4754/2016 para coibir o ativismo judicial e impedir que o poder judiciário usurpe o poder legislativo; e não permitir que a marcha seja utilizada como ferramenta eleitoral.
Conforme ressaltam os organizadores, todos os anos são realizados no país diferentes aos em defesa da vida. Então, indicam que desta vez, “pela gravidade da situação, as pessoas se organizaram para fazer um ato maior e massivo e para incluir também todas as pessoas interessadas”, sendo, portanto uma marcha apartidária e sem caráter religioso.
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“Este objetivo de incluir pessoas do povo que apoiem a causa sem distinções tenta demonstrar que a defesa da vida humana não depende de uma crença específica, ela é intrínseca ao próprio ser humano e vai muito além de uma questão religiosa”, assinalam.
A Marcha pela Vida conta com diversos apoios, entre os quais o do Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer, que incentivou em uma carta “as paróquias, colégios, organizações pastorais, movimentos e associações eclesiais a promoverem uma ampla participação nesse ato de valorização e defesa das duas vidas – da mãe e do filho que ela gera”.
Na missiva, o Purpurado recordou que o julgamento da ADPF 442 no STF “ainda não tem data marcada, mas é importante que as pessoas contrárias à sua aprovação manifestem desde logo suas razões e argumentos”.
A Marcha pela Vida no próximo dia 30 de setembro, terá início às 15h na Av. Paulista, em São Paulo. Em seguida, percorrerá a Av. Brigadeiro, até à Praça da Sé, onde terá seu ato final.
Para mais informações sobre o evento, basta acessar a página de Facebook de Marcha pela Vida Brasil.
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— ACI Digital (@acidigital) 23 de agosto de 2018