O Papa Francisco recebeu na quarta-feira, 19 de setembro, Bono, o famoso cantor da banda irlandesa U2, em uma audiência privada na Casa Santa Marta, que durou cerca de meia hora.

Em declarações aos meios de comunicação na Sala de Imprensa da Santa Sé, Bono disse que com o Papa "deixaram que a conversa fluísse naturalmente", tratando de "grandes temas", como o futuro do comércio e como promover os objetivos sustentáveis de desenvolvimento.

O cantor Paul David Hewson, nome verdadeiro de Bono, disse que, por ser irlandês, "inevitavelmente" falou "sobre os sentimentos do Papa acerca do que ocorreu na Igreja".

Bono indicou que o Pontífice comentou que parece como se "abusadores fossem mais protegidos do que as vítimas" e disse que pôde "ver a dor" no rosto do Papa. "Senti que ele foi sincero e acho que é um homem extraordinário para estes tempos extraordinários", acrescentou.

O Papa recebeu Bono junto com o presidente da Fundação Pontifícia Scholas Ocurrentes, José María del Corral. O objetivo desta instituição é incentivar a integração social e a cultura do encontro entre os jovens através da tecnologia, da arte e do esporte.

Bono é um dos fundadores da ONE Campaign, uma organização que busca combater a pobreza e assinou um acordo com Scholas.

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Esta é a segunda vez que Bono é recebido por um Pontífice. Em 1999, São João Paulo II o acolheu no Vaticano.

Em maio deste ano, U2 expressou apoio ao aborto na Irlanda através de sua conta no Twitter, onde se manifestou a favor da revogação da oitava emenda constitucional que protegia a vida da mãe e do nascituro.

O referendo foi realizado em 25 de maio e concluiu com uma maioria a favor da revogação da emenda. Isso abriu as portas para a legalização do aborto na Irlanda.

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