REDAÇÃO CENTRAL, 6 de out de 2018 às 05:00
O Beato Bartolo Longo foi um advogado e leigo que fundou o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia (Itália) e que, além disso, dedicou-se a ensinar o catecismo e a difundir a devoção ao Santo Rosário.
Durante sua juventude, ingressou no espiritismo até que, finalmente, Deus tocou seu coração e converteu-se. O Beato Longo foi definido pelo Papa São João Paulo II como “o homem da Virgem”.
Na homilia de sua beatificação, em 26 de outubro de 1980, o Santo Padre disse que ele, “por amor de Maria, tornou-se escritor, apóstolo do Evangelho, propagador do Rosário, e fundador do célebre Santuário no meio de enormes dificuldades e adversidades; por amor de Maria criou institutos de caridade, fez-se mendicante em favor dos filhos dos pobres e transformou Pompeia numa viva cidadezinha de bondade humana e cristã; por amor de Maria suportou em silêncio tribulações e calúnias, passando através de um longo Getsêmani, sempre confiado na Providência, sempre obediente ao Papa e à Igreja”.
Bartolo Longo nasceu em Latiano (Itália), em 10 de fevereiro de 1841. Antes de obter a licenciatura como advogado na Universidade de Nápoles, enveredou-se na moda anticristã da época e dedicou-se à política, às superstições, ao espiritismo: chegou a ser “médium” de primeiro grau e “sacerdote espírita”.
Por outro lado, a filosofia ateia e o racionalismo o tinham totalmente preso. Começou a odiar a Igreja, organizando conferências contra ela e louvando os que criticavam o clero.
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Graças à influência de seu amigo Vicente Pepe e do dominicano Pe. Alberto Radente, voltou à fé. Sua conversão aconteceu no dia do Sagrado Coração de Jesus, em 1865, na Igreja do Rosário de Nápoles.
Após seu encontro com Cristo, abandonou a vida libertina e dedicou-se às obras de caridade e ao estudo da religião.
Mais tarde, escreveu, fazendo alusão à sua própria experiência, que “não pode haver nenhum pecador tão perdido, nem alma escravizada pelo implacável inimigo do homem, Satanás, que não possa se salvar pela virtude e eficácia admirável do santíssimo Rosário de Maria, agarrando-se dessa corrente misteriosa que nos estende do céu a Rainha misericordiosíssima das místicas rosas para salvar os tristes náufragos deste tempestuoso mar do mundo”.
Em 1876, por sugestão do Bispo de Nola, iniciou uma campanha para construir um templo em Pompeia. Como resultado da cooperação e da intercessão da Virgem Maria, surgiu o belo Santuário.
No dia 5 de outubro de 1926, aos 85 anos, morreu em Pompeia. Em seu testamento, deixou escrito o seguinte: “Desejo morrer como terciário dominicano... entre os braços da Virgem do Rosário, com a assistência de meu pai São Domingos e de minha mãe Santa Catarina de Sena”.