Roma, 5 de out de 2018 às 17:00
Dois importantes cardeais italianos recomendaram aos exorcistas que tenham uma “prudência especial” para reconhecer a ação do diabo nas pessoas que acreditam estar sofrendo uma possessão.
Em 29 de setembro e no marco do congresso da Associação Internacional de Exorcistas (AIE), o Cardeal Angelo Donatis, Vigário do Papa para a Diocese de Roma, incentivou os participantes a ter uma “prudência especial” diante dos “fiéis que podem pensar que o mal que os aflige não é outro que a obra da potência misteriosa do mal e não o fruto envenenado de uma vida que precisa de verdadeira conversão ao Evangelho”.
No evento realizado em Roma, o Cardeal destacou que é importante “recorrer a um discernimento atento antes de proceder ao exorcismo”.
O Vigário de Roma disse ainda que os exorcistas devem transmitir “a segurança de quem encontrou o tesouro no campo e a pérola de grande valor, para ser pessoas nas quais atue a força serena e prudente da caridade de Cristo, que é a que faz o maligno fugir”.
“Sua acolhida e delicadeza com as quais saberão curar os corações quebrados são a Boa Nova que segue ressoando no mundo e sua força curadora”, destacou.
Segundo informou AIE em 1º de outubro, o Cardeal Gualtiero Bassetti, Arcebispo de Perugia e presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), também participou do congresso realizado desde o dia 24 de setembro, em Roma.
O Cardeal incentivou a “discernir a real ação extraordinária do maligno daquilo que é, ao contrário, fruto de causas naturais, assim como acompanhar quem é realmente vítima para a autêntica libertação”.
O Purpurado destacou que “só uma fé rica em conteúdos verdadeiros, e não uma fé estranha, pode ser eficaz, porque uma fé estranha só gera práticas raras, exóticas e até mesmo prejudiciais”.
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O presidente da CEI, citando o Papa, recordou também que “a vida cristã é um combate permanente no qual se requer força e coragem para resistir”.
Esse combate vale a pena, “porque nos permite fazer festa toda vez que o Senhor vence em nossa vida” e é o próprio “Jesus quem festeja nossas vitórias”.
O congresso teve início com a leitura da saudação do Papa Francisco, o qual expressou seu desejo de que “o significativo evento siga constituindo uma ajuda válida para quem busca, como bom samaritano, aliviar e curar as feridas causadas pela obra do maligno. Ele está presente em distintas formas na vida de muitas pessoas e torna dramática e mais cansativa a existência cotidiana”.
Np evento, também foram tratados temas como os “Critérios de discernimento oferecidos aos pastores de almas para compreender se uma pessoa deve ser submetida à avaliação de um sacerdote exorcista”. Este tema foi apresentado pelo presidente da AIE, o sacerdote italiano Francesco Bamonte.
No terceiro dia do congresso, o sacerdote mexicano Rogelio Alcántara analisou os problemas teológicos e pastorais das “orações de cura da árvore genealógica” e apresentou sua contribuição sobre os “critérios teológicos e pastorais para uma regulação diocesana do ministério do exorcismo”.
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Como deve ser um bom exorcista para enfrentar os demônios? Isso diz Padre Fortea https://t.co/SRr3RsdBAr
— ACI Digital (@acidigital) 4 de outubro de 2018