REDAÇÃO CENTRAL, 9 de out de 2018 às 16:00
No próximo dia 14 de outubro, Pe. Francesco Spinelli será canonizado pelo Papa Francisco, graças ao milagre realizado em um recém-nascido na República Democrática do Congo, na África.
Em 25 de abril de 2007, nasceu um bebê no Hospital maternidade de Binza, em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo. Neste local, que recebe de 20 a 30 crianças diariamente, as Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento realizam seu trabalho apostólico.
O recém-nascido e sua mãe receberam alta três dias depois. Mas, no trajeto, a mãe deu um passo em falso e instintivamente firmou o bebê com seus braços, de tal forma que provocou uma hemorragia grave nele.
Ao voltar para o hospital, os profissionais de saúde tentaram ajudá-lo durante cerca de 45 minutos. Para salvá-lo, era preciso realizar uma transfusão de sangue urgentemente. Mas, a gravidade do bebê era tanta que suas veias estavam se afinando, o que tornava impossível o procedimento.
Nesse cenário, existiam outras alternativas de tratamento, mas, devido à escassez de tecnologia no hospital e a impossibilidade de conseguir uma transferência rápida para outra unidade, os médicos deram o bebê por morto.
Enquanto isso acontecia, a Irmã Adeline, religiosa adoradora responsável pela maternidade do hospital, notou a gravidade do bebê e pediu sua comunidade para que rezassem pela salvação da criança.
A superiora da congregação, Irmã Antonietta Musoni, pediu a intercessão de Pe. Spinelli e começaram a rezar a novena.
Irmã Adeline colocou um santinho de Pe. Spinelli debaixo dos lençóis da criança e, quando os médicos fizeram um último esforço, milagrosamente encontraram uma veia tão grande como a de um adulto para realizar a transfusão de sangue.
Com apenas 3 ou 4 gotas de sangue, o bebê começou a se mexer e chorar. Recuperou-se completamente em algumas horas.
Os pais, conscientes do milagre obtido pela intercessão do padre fundador do Instituto das Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento, mudaram o nome de seu filho de Ambrósio Maria Diaz para Francisco Maria Spinelli Dias.
A criança cresceu saudável, sem nenhuma sequela daquele episódio. Até mesmo os exames realizados no menor durante o processo de investigação da causa do Pe. Spinelli demonstraram seu perfeito estado de saúde.
Breve biografia
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Francesco Spinelli nasceu em Milão, em 14 de abril de 1853. Ingressou no seminário em Bergamo e foi ordenado sacerdote em 17 de outubro de 1875.
Começou seu apostolado na educação dos mais pobres e, paralelamente, foi professor do seminário, diretor espiritual e conselheiro de várias comunidades femininas religiosas.
Em 1882, Pe. Spinelli conheceu Catarina Comensoli, com quem fundaria o Instituto das Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento.
Dedicaram-se dia e noite à Adoração Eucarística. Dessa forma, inspiraram seu serviço aos irmãos pobres e sofredores. Escolas, oratórios, hospitais e asilos sugiram do trabalho apostólico da instituição.
Diversas vicissitudes fizeram com que Pe. Spinelli fosse transferido da Diocese de Bergamo para a Diocese de Cremona. Da comunidade de Rivolta d’Adda, Pe. Spinelli continuou liderando o instituto de adoradoras.
Morreu em 6 de fevereiro de 1913 e foi enterrado na igreja das Irmãs Adoradoras em Rivolta d’Adda. Na ocasião, o Instituto já havia fundado 68 comunidades em diferentes países.
Atualmente, o instituto tem cerca de 250 comunidades na Itália, Congo, Senegal, Camarões e Argentina. Nesses lugares, dedicam-se à atenção a pessoas com vírus HIV, órfãos, dependentes químicos, privados de liberdade, entre outros.
Pe. Spinelli foi declarado beato por São João Paulo II em 21 de junho de 1992, no Santuário Mariano de Caravaggio.
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— ACI Digital (@acidigital) 8 de março de 2018