REDAÇÃO CENTRAL, 9 de out de 2018 às 17:00
No próximo domingo, 14 de outubro, no marco do Sínodo dos jovens que acontece em Roma, o Papa Francisco canonizará 7 beatos, entre os quais o Papa Paulo VI, Dom Óscar Arnulfo Romero e Nazaria Ignacia de Santa Teresa de Jesus, que se tornará a primeira santa da Bolívia.
A seguir, apresentamos o que deve saber sobre os novos santos que a Igreja terá a partir do próximo domingo.
1. Paulo VI
O Beato Paulo VI é o Papa da Encíclica Humanae Vitae, a visionária encíclica sobre a defesa da vida e da família na qual advertiu sobre os problemas que o mundo de hoje sofre por causa da mentalidade anticonceptiva.
Este Pontífice foi também quem levou à conclusão o Concílio Vaticano II, iniciado em 1962 por São João XXIII.
Giovanni Battista Montini nasceu na Lombardia (Itália), em 26 de setembro de 1897. Foi eleito Papa em 21 de junho de 1963. Depois de 15 anos de pontificado, faleceu em Castel Gandolfo, em 6 de agosto de 1978.
2. Dom Romero
O Arcebispo de San Salvador nasceu em Ciudad de Barrios (El Salvador), em 15 de agosto de 1917 e morreu mártir por ódio à fé em 24 de março de 1980, assassinado quando celebrava a Missa em meio a uma nascente guerra civil entre a guerrilha de esquerda e o governo ditatorial de direita.
Segunda as investigações, a autoria do assassinato aponta para um grupo de aniquilação vinculada à ditadura militar, que acreditava que Dom Romero era próximo da guerrilhar marxista devido à sua preocupação pelos pobres, uma acusação longe da realidade.
Em sua luta pelos mais pobres e em suas denúncias contra a ditadura, o futuro santo esteve respaldado pelos Papas Paulo VI e São João Paulo II.
3. Nazaria Ignacia de Santa Teresa de Jesus
Nasceu em 10 de janeiro de 1889, em Madri (Espanha). Depois de alguns anos nas Irmãs dos Idosos Desamparados, fundou em 1927 uma nova congregação: as Irmãs Missionárias Cruzadas da Igreja, com a qual serviu aos mais necessitados e às mulheres na Bolívia.
Em 1938, chegou à Argentina, onde promoveu várias instituições a favor dos jovens e dos pobres. Morreu em Buenos Aires, em 1943. Será a primeira santa da Bolívia.
4. Pe. Vincenzo Romano
Vincenzo Romano foi sacerdote diocesano, nasceu em 3 de junho de 1751, em Torre del Greco (Itália). Recebeu a ordenação sacerdotal em 1775.
Trabalhou na reconstrução de Torre del Greco, cidade que ficou quase totalmente destruída depois da erupção do vulcão Vesúvio, em 1794. Além disso, inventou a “rastreadora”, uma estratégia missionária para reunir, com o crucifixo na mão, grupos de pessoas ou transeuntes, improvisar uma pregação e, em seguida, acompanha-los à igreja ou oratório mais próximo para rezar juntos.
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Muitas vezes se tornou um mediador entre os donos dos corais e os marinheiros que enfrentavam os riscos e o cansaço da pesca. Morreu em 20 de dezembro de 1831.
5. Maria Catarina Kasper
Nasceu em 26 de maio de 1820. Em 1845 começou sua vida religiosa junto com alguns colegas e, em 1848, no dia da Assunção, abriu seu lar para os pobres do país. À nova associação deu o nome de Escravas Pobres de Jesus Cristo.
A Madre Maria Catarina acompanhou a formação das noviças e a abertura de novas casas, inclusive no exterior, para ajudar os imigrantes alemães. Morreu em 2 de fevereiro de 1898.
6. Francesco Spinelli
Nasceu em Milão em 14 de abril de 1853, foi ordenado sacerdote em 1875, começou o seu apostolado com os pobres da paróquia do seu tio Pe. Pietro. Em 1882, conheceu Catarina Comensoli, que desejava se tornar religiosa de uma congregação cujo propósito era a Adoração Eucarística.
Entre milhares de vicissitudes ocorre a fundação de um instituto que deveria se dividir. A Madre Comensoli estabeleceu a Congregação das Irmãs Sacramentinas e Francesco, a Congregação das Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento.
Cuidou dos marginalizados, rechaçados e criou escolas, oratórios, ofereceu assistência aos enfermos ou idosos solitários. Morreu em 6 de fevereiro de 1913.
7. Nunzio Sulprizio
Inicialmente, estavam programadas seis canonizações para o dia 14 de outubro, segundo anunciou o Vaticano em 19 de maio deste ano.
Entretanto, em 19 de julho, o Papa Francisco decidiu que Nunzio Sulprizio, falecido aos 19 anos, também seja declarado santo no marco do Sínodo dos jovens que acontece no Vaticano até o dia 28 de outubro.
Nunzio Sulprizio nasceu em Pescosansonesco (Itália), em 13 de abril de 1817. Durante sua infância, sofreu as consequências da pobreza, da doença e dos maus-tratos, especialmente de seu tio materno.
Desde que seus pais faleceram, seu tio o obrigou a trabalhar como ferreiro em condições desumanas, as quais teriam lhe provocado o tumor ósseo que o levou à morte em 5 de maio de 1836.
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— ACI Digital (@acidigital) 6 de outubro de 2018