REDAÇÃO CENTRAL, 11 de out de 2018 às 09:20
Neste dia 11 de outubro, completa-se 56 anos da abertura do Concílio Vaticano II, o grande evento mundial e eclesial impulsionado por São João Paulo II para buscar o “aggiornamento”, ou seja, a atualização da Igreja para aproximá-la do mundo atual.
O Concílio ecumênico foi inaugurado em 11 de outubro de 1962 e se dividiu em quatro etapas. Participaram cerca de 2 mil Padres Conciliares de todo o mundo.
Antes de inaugurar o Concílio, João XXIII criou em 1960 o Secretariado para a promoção da unidade dos cristãos, uma comissão preparatória que mais tarde se tornaria o Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos. Foi a primeira vez que a Santa Sé criava uma estrutura para tratar de temas ecumênicos.
Para a presidência desse organismo, o Pontífice nomeou o Cardeal Augusto Bea, que depois se tornaria uma importante figura do Concílio.
Desde a abertura do Concílio Vaticano II, o Papa Bom destacou a natureza pastoral de seus objetivos: não se tratava de definir novas verdades nem condenar erros, mas era necessário renovar a Igreja para fazê-la capaz de transmitir o Evangelho nos novos tempos, buscar os caminhos de unidade com as outras confissões cristãs, buscar o bom dos novos tempos e estabelecer um diálogo com o mundo moderno, centrando-se primeiro “no que nos une e não no que nos separa”.
Ao Concílio foram convidados como observadores membros de diversos credos desde muçulmanos até índios americanos, assim como membros de todas as igrejas cristãs: ortodoxos, anglicanos, quacres e protestantes em geral, incluindo evangélicos, metodistas e calvinistas não presentes em Roma desde o tempo dos cismas.
Assim, o Concílio Vaticano II se tornou o fato mais decisivo da história da Igreja no século XX. São João XXIII não pôde ver a conclusão porque faleceu em 3 de junho de 1963.
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Que prosseguiu com o Concílio foi o Beato Paulo VI, que em breve será declarado santo, e que foi eleito Sucessor de São Pedro em 21 de junho de 1963.
O Concílio Vaticano II foi encerrado em 8 de dezembro de 1965 e deixou como legado uma série de importantes documentos que seguem sendo de grande atualidade.
Quatro Constituições: Dei Verbum, Lumen Gentium, Sacrosanctum Concilium e Gaudium et Spes; três Declarações: Gravissimum Educationis, Nostra Aetate e Dignitatis Humanae; e nove decretos: Ad Gentes, Presbyterorum Ordinis, Apostolicam Actuositatem, Optatam Totius, Perfectae Caritatis, Christus Dominus, Unitatis Redintegratio, Orientalium Ecclesiarum e Inter Mirifica.
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— ACI Digital (@acidigital) 11 de outubro de 2018