Verona – cenário da história de amor de Romeu e Julieta, escrita por William Shakespeare – foi declarada “Cidade a favor da vida” pela Câmara Municipal e outorgará apoio financeiro aos grupos locais, católicos ou não, que promovem iniciativas contra o aborto.

A moção foi aprovada em 4 de outubro com 21 votos a favor e 6 contra. Além disso, conta com o apoio do prefeito, Federico Sboarina.

Segundo informou a mídia local, esta medida também promove o projeto da região Vêneto chamado “Culla Segreta” (Berço Secreto), que permite que uma mulher possa dar à luz de forma anônima e que o recém-nascido seja entregue a uma família adotiva, escolhida pelo Tribunal de Menores.

Esta moção critica a Lei 194, que despenalizou o aborto na Itália em 1978, e assinala que, embora “se propunha legalizar o aborto em alguns casos e combater o clandestino”, contribuiu “para aumentar sua prática como ferramenta contraceptiva”.

Federico Sboarina disse que jornal ‘La Verità’ que “a moção aprovada pela Câmara Municipal busca ajudar as mulheres a superar as causas psicológicas e talvez econômicas que a levam a abortar, busca dar melhor informação e apoiar as associações (não só católicas) que defendem a vida”.

Explicou que o objetivo de outorgar o título pró-vida à cidade é “uma adesão à vida natural desde sua concepção até seu fim. Verona já era a cidade mundial de Romeu e Julieta, ser a ‘Cidade da Vida’ é uma consequência normal”.

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O prefeito de Verona também afirmou que apoia “a família natural, pai e mãe”, e que, “quando uma mãe decide dar à luz e não abortar, fico feliz. Um bebê que nasce é felicidade para todos”.

A resolução de declarar pró-vida a cidade de Romeu e Julieta foi criticada por grupos de esquerda e pelo coletivo feminista NiUnaMenos.

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