Vaticano, 23 de out de 2018 às 09:45
Durante a Missa celebrada na manhã de hoje na Casa Santa Marta, o Papa Francisco explicou que o encontro com Jesus será a herança dos cristãos, o motivo da esperança cristã.
O Santo Padre dedicou sua homilia à esperança e a descreveu com a imagem de uma mulher grávida que espera feliz o encontro com o filho que vai nascer e todos os dias toca a barriga para acariciá-lo. Do mesmo modo, o cristão vive a esperança do encontro com Jesus.
Ao falar sobre a esperança, o Papa explicou: “Vem-me à mente, quando penso na esperança, uma imagem: a mulher grávida, a mulher que espera uma criança. Vai ao médico, mostra a ecografia e está feliz. E todos os dias toca a barriga para acariciar aquela criança, está à espera da criança, vive esperando aquele filho”.
Esta imagem “pode nos ajudar a entender o que é a esperança: viver para aquele encontro. Aquela mulher imagina como serão os olhos do filho, como será o sorriso, como será, loiro ou moreno. Imagina o encontro com o filho. Imagina o encontro com o filho”.
O Pontífice explicou que fé, esperança e caridade são um dom. A fé é fácil de compreender, assim como a caridade. “Mas o que é a esperança?”, perguntou.
“Viver na esperança é caminhar, sim, rumo a um prêmio, rumo à felicidade que não temos aqui, mas teremos lá no céu. É uma virtude difícil de entender. É uma virtude humilde, muito humilde. É uma virtude que jamais desilude: se você espera, jamais ficará desiludido. Jamais, jamais”.
A esperança “também é uma virtude concreta”, assinalou. Mas “como pode ser concreta, se eu não conheço o Céu e o que me espera?”, perguntou o Santo Padre.
“A herança mostra que é a esperança em algo, não é uma ideia, não é estar num belo lugar... não. É um encontro. Jesus sempre destaca esta parte da esperança, este estar à espera, encontrar”.
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O Santo Padre voltou à imagem da mãe grávida que pensa no filho que nascerá: “Eu espero assim, concretamente, ou espero um pouco no ar, um pouco gnosticamente? A esperança é concreta, é de todos os dias porque é um encontro. E todas as vezes que encontramos Jesus na Eucaristia, na oração, no Evangelho, nos pobres, na vida comunitária, todas as vezes damos um passo a mais rumo a este encontro definitivo”.
Trata-se da “sabedoria de se alegrar com os pequenos encontros da vida com Jesus, preparando aquele encontro definitivo”, concluiu o Papa.
Evangelho comentado pelo Papa Francisco:
Lc 12,35-38
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 35Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. 36Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. 37Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade, eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. 38E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar!
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— ACI Digital (@acidigital) 21 de outubro de 2018