SANTIAGO, 30 de out de 2018 às 18:00
Um grupo de encapuzados, autoidentificados como anarquistas e antifascistas, atacaram com pedras, paus e coquetéis molotov os participantes da “Marcha para Jesus”, que no sábado, 27 de outubro, percorreu as principais ruas de Santiago, no Chile, sob o lema “Por uma geração que conheça Deus”.
Espero que los tolerantes de nuestro país se manifiesten en contra las agresiones que sufrieron hermanos evangélicos en pacifica marcha, donde había niños y adultos mayores.@latercera @Emol @biobio@CNNChile pic.twitter.com/OoTdb89PqY
— Diputado Eduardo Durán (@EdoDuran) 27 de outubro de 2018
A “Marcha para Jesus” é uma atividade convocada um vez por ano pelas igrejas evangélicas do Chile.
Podrás estar o no de acuerdo con la marcha pero repito habían niños #MarchaPorJesus pic.twitter.com/Wbt8Ksi5xC
— Coraline ?? (@gocafi) 28 de outubro de 2018
Incidentes en la #MarchaPorJesus convocada por las iglesias evangélicas el sábado 27 de octubre en Santiago de #Chile. Crédito: Carol Espinaza @umichile @MarchaporJesus pic.twitter.com/ydmlbq7MEp
— Bárbara Bustamante (@BarbarabustS) 29 de outubro de 2018
Segundo informaram os Carabineiros, após as 17h, a atividade autorizada pela Intendência Metropolitana de Santiago foi interrompida por cerca de 150 sujeitos encapuzados que agrediram as mais de três mil pessoas que marchavam de forma pacífica com cartazes contra o aborto e a ideologia de gênero.
La Ministra de la Mujer se demoró dos horas en condenar los graves hechos de la marcha del aborto ¿Acaso estas mujeres que defienden la vida no merecen la misma condena cuando son atacadas por decenas de radicales? ¿No merecen una vocería del Gobierno? pic.twitter.com/97OLcOoWZJ
— José Antonio Kast (@joseantoniokast) 28 de outubro de 2018
También vimos el odio de la izquierda, que con violencia nos quiso censurar. Atacaron familias y niños. A ellos les decimos: vamos a defender nuestras convicciones en cada espacio, foro y calle. Chile le pertenece a los que defienden el sentido común. Llegó la hora de recuperarlo pic.twitter.com/yXKSv0ExFK
— José Antonio Kast (@joseantoniokast) 28 de outubro de 2018
Os atacantes também laçaram coquetéis molotov e objetos contra a polícia. Três pessoas ficaram feridas, entre as quais o suboficial Luis Alberto Rojas Ambiado, que, por conta de uma pedrada na cabeça, foi levado ao Hospital de Carabineiros, onde está em observação.
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Estos son alguno que no respetaron, a niños, mujeres embarazadas y gente de la tercera edad en la marcha por Jesús. pic.twitter.com/XZjbfOguSS
— Salvador Pino Bustos (@ObispoSalvadorP) 29 de outubro de 2018
Após a detenção de 19 atacantes, a situação se normalizou por volta das 18h30.
Em um comunicado, a equipe organizadora da “Marcha para Jesus” expressou: “sentimo-nos profundamente afetados, porque atos de violência como os ocorridos prejudicaram nossa celebração”.
Do mesmo modo, esclareceu que “os grupos extremistas associados a esses incidentes não pertencem nem têm qualquer relação com a Marcha para Jesus”, pois à marcha se somaram ativistas do Movimento Social Patriota.
Por sua parte, a Unidade de Ministérios Infantis do Chile (Umich) assinalou em um comunicado que “a violência inicial se deu contra meninos e meninas, inclusive famílias com bebês, que viram como este grupo se dirigia diretamente contra eles, ultrapassando a escassa presença policial, tendo que correr para se proteger em edifícios próximos”.
“os pais até hoje continuam cuidando dos filhos afetados pelo impacto de se ver expostos a ataques de encapuzados com benzina, pedras, paus, gritos, bombas e fogo”, disse a diretora de Umich, Carol Espinaza.
Do mesmo modo, constatou que grupos não evangélicos se infiltraram na marcha “com gritos e cartazes provocativos que não refletem o espírito dessa convocação cristã, nem das famílias que estavam junto conosco”.
“Se tivéssemos conhecimento desses fatos, jamais teríamos exposto nossas pessoas a marchar nestas condições”, indicou.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, rechaçou em sua conta de Twitter as “covardes agressões aos que ontem (sábado) participaram em uma marcha cristã em nosso país”.
O ministro de Interior, Andrés Chadwick, classificou os fatos como “inaceitáveis” e, em nome do governo, expressou “toda nossa condenação à violência, intransigência e fanatismo”.
Confira também:
Desconhecidos atacam igreja em plena Missa https://t.co/CIAsIy25H4
— ACI Digital (@acidigital) 17 de outubro de 2018