Três comissões da Conferência Episcopal Argentina (CEA) manifestaram a sua preocupação porque no debate da reforma da Lei de Educação Sexual Integral (ESI) se pretende impor a ideologia de gênero "não reconhecendo a liberdade" dos pais e das instituições educativas de formar "de acordo com as suas próprias ideias".

A discussão sobre a reforma da Lei ESI foi fortalecida em agosto, depois que o Senado rejeitou a despenalização do aborto. Desde então, apresentaram iniciativas para modificar a lei atual de Educação Sexual Integral, mas com grande ênfase na ideologia de gênero.

Por isso, com o objetivo de esclarecer alguns conceitos, as comissões de Leigos e Família, Pastoral da Saúde e Catequese da CEA publicaram em 26 de outubro um documento intitulado "Diferenciemos: Sexo, gênero e ideologia".

No documento, esclareceram que sexo e gênero "são realidades profundamente ligadas, mas não são exatamente o mesmo". "É possível distingui-los sem separar, o sexo biológico do papel sociocultural do sexo, ou seja, do gênero".

Entretanto, o magistério da Igreja adverte a respeito "do risco de certas posições ideológicas que pretendem se impor como um pensamento único, como ideologia de gênero", em que "a identidade própria poderia ser projetada de acordo com o desejo de cada pessoa".

Por isso, "a experiência cristã nos ajuda a cuidar e harmonizar as diferentes dimensões da pessoa", ao contrário da ideologia de gênero.

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"A antropologia cristã tem um potencial humano extremamente valioso para iluminar a busca da verdade e da felicidade que todo o coração humano anseia", afirmaram.

Finalmente, as comissões episcopais insistiram em um "diálogo aberto, sincero e apaixonado em torno das perguntas que hoje inquietam a vida humana e configuram o futuro imediato das gerações que nos seguem".

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