Arcebispo pede revalorizar a família em que apesar dos graves ataques que pervertem seu significado

MADRI, 21 de jul de 2005 às 17:50

O Arcebispo de Valência, Dom Agustín García-Gasco, pediu revalorizar a "família de fundação matrimonial" ressaltando que apesar dos "graves ataques que está sofrendo" e que perverteram seu significado em muitas ocasiões", continua sendo uma das instituições melhor valorizadas.

Em sua última carta, o Prelado considerou que a família "está sendo pervertida também na Espanha por uma onda inexplicável de violência, em muitas ocasiões mortal, que resulta intolerável" e precisou que "comete um grande pecado contra seu cônjuge, contra a família e contra Deus quem introduz a violência da agressão no seio familiar".

Igualmente, o Arcebispo mostrou sua preocupação porque "as famílias desestruturadas são um foco de conflitividade que deve e pode se evitar em muitas ocasiões com uma política familiar decidida e a vontade generosa dos integrantes de cada família".

Entretanto, assinalou o Arcebispo, "a educação no amor, no respeito ao próximo, a necessária revalorização da família de fundação matrimonial são verdades capazes de desterrar o mal, também no mundo".

Atentados terroristas: genocídios contra a humanidade

Por outro lado, depois de recordar os atentados terroristas de Londres, Madri e Nova Iorque, e os perpetrados no Iraque e em outros países do Oriente, o Prelado considerou que todos estes fatos "constituem autênticos genocídios contra a humanidade inteira" e converteram a primeira metade deste século em "uma etapa de terror, que desceu às épocas mais bárbaras da humanidade".

"Frente a tanta barbárie e dor, os cristãos nos sentimos solidários com os familiares de todas as vítimas, seja qual for sua nacionalidade ou credo". A dor "em vez de nos separar une as pessoas de boa vontade do Oriente e Ocidente, da Cristandade e de outros credos", assinalou.

Encontro Mundial da Família

Em sua carta o Arcebispo recordou também que Valência será sede do V Encontro Mundial da Família e adiantou que "este evento pode ser também um foro para o ecumenismo e o diálogo inter-religioso e intercultural pela paz mundial".

Este evento, concluiu Dom. García-Gasco, "vai ser uma ocasião especial para que pessoas vindas dos cinco continentes contribuam com idéias, experiências e esforços para revitalizar o núcleo familiar em um mundo altamente tecnologizado mas que não desterrou nem a fome, nem a maldade da face da terra".