Por Mary Rezac
ARIZONA, 6 de nov de 2018 às 09:30
As agências católicas na fronteira entre o México e os Estados Unidos estão reforçando a ajuda aos milhares de migrantes que estão viajando em caravana até a fronteira entre os dois países.
Centenas de imigrantes, principalmente dos países centro-americanos El Salvador, Honduras e Guatemala, começaram uma marcha até a fronteira dos Estados Unidos em meados de outubro em busca de asilo.
Ao longo dos dias, mais pessoas se uniram à caravana e, segundo a BBC, atualmente estima-se que haja entre cinco mil e oito mil integrantes.
Enquanto caminham em direção à Cidade do México, instituições de caridade católicas ao longo da fronteira estão se preparando para receber o grande número de refugiados, superior ao que receberam em outras ocasiões.
Teresa Cavendish, diretora de operações de Serviços Comunitários Católicos em Tucson, Arizona, disse à CNA – agência em inglês do Grupo ACI – que as agências estão acostumadas a receber e ajudar estas pessoas com comida e roupas, e depois ajudá-los a entrar em contato com sua família nos Estados Unidos.
“No Arizona e ao longo da fronteira no sul, houve um grande número de liberações na semana passado”, disse Cavendish à CNA, referindo-se aos migrantes ajudados.
"O Serviço de Migrações e Controle de Alfândega – ICE, na sigla em inglês – liberou mais de 1.100 pessoas no Arizona em outubro deste ano, por isso, temos experiência neste tipo de resposta rápida em uma escala em massa", acrescentou Cavendish.
A caravana de migrantes iniciou sua rota em Honduras em meados de outubro com 160 pessoas e chegou a sete mil pessoas. Neste ponto, estima-se que dois mil ou mais migrantes ficaram para trás ou decidiram permanecer no México.
A caravana de Honduras incentivou outros a fazerem a mesma coisa, incluindo um grupo de cerca de 200 pessoas de El Salvador, que agora também estão a caminho dos Estados Unidos.
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Cavendish disse à CNA que, quando os Serviços Comunitários Católicos recebem refugiados que foram liberados, a primeira coisa que fazem é "reafirmar a sua dignidade humana, asseguram-se de que estejam seguros e acolhidos e lhes damos comida quente e algo para beber".
Em seguida, estes refugiados passam cerca de 24 horas em um refúgio estabelecido pelos CCS enquanto lhes dão comida, roupas e abrigo, além de coordenarem para levá-los às suas famílias nos Estados Unidos.
Entretanto, todas as agências católicas destinadas a apoiar a causa ainda estão avaliando como atenderão em relação à hospedagem e alimentação os migrantes, pois asseguram que é um número muito grande de pessoas que nunca atenderam antes.
Nesse sentido, a ICE transferirá os migrantes para outros locais, caso não consigam acolher todos eles.
Finalmente, os encarregados dos centros pediram que seja enviado o maior número possível de doações.
Confira também:
Bispo do México: Deus recompensará a bondade de quem ajuda os migrantes https://t.co/kmG3xC8eFi
— ACI Digital (@acidigital) 26 de outubro de 2018
