DENVER, 8 de nov de 2018 às 11:00
Um designer católico que participou da elaboração dos cenários do filme "Os Incríveis 2" compartilhou algumas experiências de seu trabalho e apontou que Deus é sua inspiração.
Philip Metschan trabalha na Pixar, empresa produtora de grandes filmes animados, como “Viva – A Vida é uma Festa”, “Up”, “Toy Story”, “Wall E”, entre outros. Em declarações à CNA – agência em inglês do Grupo ACI –, disse que um dos aspectos que mais gosta do seu trabalho de designer de cenários é inspirado nos ambientes reais e depois usa a sua própria experiência “para produzir um mundo que nunca existiu com coisas fantásticas que ninguém jamais viu antes”.
“Definitivamente, sou alguém que gosta de estar na natureza, fora do mundo e vivenciá-lo, porque acho que existem narrativas fortes que são criadas apenas a partir da existência desses lugares” e é impossível separar a criação do Criador.
“De certa forma, sinto que sempre que estou usando isso como inspiração, estou usando Deus como inspiração", explicou.
“Os Incríveis 2” é a sequência do filme “Os Incríveis”, que estreou em 2004, no qual a família Parr luta para se adaptar à sociedade como uma família normal, pois o governo proíbe a atividade dos super-heróis.
Depois de várias circunstâncias, a família precisa voltar a atuar como super-heróis para salvar o mundo.
O designer explicou que os filmes da Pixar destacam a importância de questões fundamentais como a família e a amizade. “Embora usemos esses personagens fantásticos para fazer isso, as emoções universais são muito centrais”, disse.
Além disso, Metschan disse à CNA que estes filmes podem ajudar na reflexão. Por exemplo, em “Os Incríveis 2”, o objetivo do vilão é “se livrar dos super-heróis por causa de sua noção de que ter pessoas especiais entre nós nos deixa fracos, pois confiamos nessas pessoas em vez de confiar em nós mesmos”.
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“No que se refere à nossa fé católica, eu diria que os heróis atuais do mundo não são feitos das coisas que gostaríamos que fossem feitos. Não são heróis pelas razões que eu acho que nós, católicos, procuramos para os nossos ‘heróis’, e a razão pela qual os veneramos”, destacou.
“Acho que ainda temos a opção de escolher nossos heróis”, acrescentou.
Como artista, Metschan disse que é simples reconhecer a inspiração como algo de Deus, pois sente a responsabilidade de fazer algo que sirva aos outros.
“Você sente que recebeu algum tipo de habilidade especial, ou uma visão especial de como executar essas coisas novas, e também sente a responsabilidade de que essas coisas que você cria sejam positivas e esclarecedoras”, concluiu.
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— ACI Digital (@acidigital) 11 de maio de 2018