REDAÇÃO CENTRAL, 10 de nov de 2018 às 05:00
O Papa Francisco aprovou o decreto que reconhece as virtudes heroicas da religiosa equatoriana Rafaela de la Pasión, que fundou a Congregação das Agostinianas Filhas do Santíssima Salvador.
A aprovação das virtudes heroicas é talvez o passo mais complexo e longo no processo de beatificação de um fiel católico, pois, com o decreto, reconhece-se que o servo de Deus viveu em grau heroico a fé, a esperança e a caridade; para isso, deve-se ter investigado previamente e em detalhe sua vida e escritos. Com esta aprovação, a causa fica à espera de um milagre para a beatificação.
Rafaela Veintemilla Villacís nasceu em Quito (Equador), em 22 de março de 1836. Sua mãe era muito devota de Santa Mariana de Jesus, a primeira santa equatoriana, o que marcou profundamente a pequena que foi batizada no mesmo dia em que nasceu.
Perdeu sua mãe quando tinha quatro anos e seu pai, quando tinha 19. Desde muito jovem, sentiu o desejo de ser religiosa. Passou sua adolescência e juventude praticando com grande fervor as virtudes cristãs. Ao chegar à maioridade, fez em privado seus primeiros votos de pobreza, castidade e obediência; e vestia o hábito de Santa Mariana.
Sofreu a prisão durante cerca de nove meses por causa do golpe de estado liderado por seu irmão, o General Ignacio Veintemilla, que ao se tornar presidente do Equador, proclamou-se ditador em 1882.
Com 47 anos, foi expatriada e chegou em 1883 a Lima (Peru). Participava de retiros espirituais, fazia parte das associações marianas existentes na Igreja de São Domingos e da igreja de São Pedro, onde foi uma das fundadoras do Rosário vivo.
Nessa época, a situação no Peru era muito difícil, pois há pouco tempo tinha concluído a guerra com o Chile. Havia muitas necessidades materiais, espirituais e morais por parte de toda a população. Sua maior preocupação foram, então, as meninas e jovens em perigo moral.
Em 1894, Rafael de la Pasión conheceu o sacerdote Eustasio Esteban, da Ordem de Santo Agostinho, religioso exemplar que se tornou seu confessor e diretor espiritual.
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Rafael disse ao sacerdote que se sentia chamado a fundar uma família religiosa que velasse pelas meninas e jovens em perigo moral.
Em meados de 1895, este chamado se tornou realidade com a fundação do instituto religioso das Religiosas Agostinianas Filhas do Santíssimo Salvador, cuja finalidade é a salvação de todas as almas redimidas por Cristo e a preservação da infância e juventude em perigo moral.
Morreu em Lima, com fama de santidade, em 25 de novembro de 1918.
As Religiosas Agostinianas Filhas do Santíssimo Salvador, indica seu site, são “mulheres consagradas para anunciar o Reino de Deus e, assim, ser cooperadoras na obra redentora de Cristo na salvação das lamas, em especial da santa obra da preservação mediante a qual evangelizamos a infância e a juventude em perigo moral, formando-a e educando-a de forma cristã nos valores de pureza e amor”.
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— ACI Digital (@acidigital) 9 de novembro de 2018